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10/02/2015

E o futebol brasileiro continua lindo…

E o futebol brasileiro continua lindo…

Publicado em 10/02/2015 05:11

Pois é, pessoal… Pra quem leu o último post de “Apresentação”, viu o quanto o futebol é uma paixão arraigada em todos os brasileiros, inclusive em muitas mulheres (como eu)…

Apesar de na última Copa do Mundo aparentemente o nosso querido futebol ter deixado um “pouco” a desejar (uns “7 a desejar” na verdade), nós ainda assim levantamos a bandeira do Brasil aqui nos EUA.

Time dos brasileiros na academia da Harvard Medical School

Time dos brasileiros na academia da Harvard Medical School

Eu e um grupo de amigos brasileiros (que estão no mesmo programa que eu e a Carol estamos entre a FMUSP e a HSPH) descobrimos que é possível bater uma bolinha na academia da Harvard Medical School. Obviamente, não poderíamos perder esta oportunidade.

Mesmo com a nevasca, saímos de casa com a maior empolgação. No início, fomos recebidos com um pouco de “estranhamento” e “reserva” pelos americanos que estavam jogando. Na verdade, eles já tinham times fechados e não queriam que entrássemos na “panelinha” deles. Mas depois de alguma persis(insis)tência e algumas carinhas do “gatinho do Shrek”, eles finalmente abriram um espacinho para nós. E não se arrependeram…Acharam o máximo. Depois, por email, até se referiram a nós como “(awesome) Brazilian players” e reorganizaram os times deles em função de nós.

Ficamos muito felizes com tudo isso. Tanto por representarmos bem o Brasil no futebol quanto simplesmente por podermos jogar mesmo.

Como foi o caminho até chegar na academia! (Comparem o tamanho das "dunas" de neve com o ônibus e o carro à direita)

Como foi o caminho até chegar na academia! (Comparem o tamanho das “dunas” de neve com o ônibus e o carro à direita)

Diante destas experiências futebolísticas, cheguei a algumas conclusões:

  • Americanos não sabem jogar futebol muito bem. Sei que sempre há a exceção à regra, mas no geral eles são meio desengonçados e não sabem driblar. São surpreendidos pelo “jeitinho brasileiro” e pelo “gingado” dos dribles.
  • Americanos são, a princípio, fechados. Preconceito, sim, existe. Mas é, sim, possível que eles nos tratem de igual pra igual, e não como “cidadãos de segunda classe”. Nada que um pouco de carisma e esforço não conquiste.
Como tive que sair de casa para enfrentar a nevasca e ir jogar bola

Como tive que sair de casa para enfrentar a nevasca e ir jogar bol

  • É extremamente difícil encontrar chuteiras de futsal pra comprar. Fui a umas 8 lojas e não encontrei uma do meu tamanho. Há muitas chuteiras para campo mas, para futsal, não. Menos ainda nos tamanhos femininos (36 no Brasil). Tive que comprar uma de tamanho infantil pela internet…e só encontrei depois de muito procurar! Se americanos já não jogam futsal direito, quem dirá americanas.
  • Vale a pena sair na nevasca pra jogar bola. Sempre vale a pena ir jogar bola. Em toda e qualquer circunstância. Sempre vale a pena ser insistente. Sempre vale a pena colocar “a cara pra bater” (ou, no caso, colocar “a bola pra rolar”) e quebrar preconceitos. Sempre vale a pena se esforçar para interagir com outras culturas.

Estou aguardando ansiosamente toda esta neve ir embora para poder jogar no campo a céu aberto. Quero conhecer mais pessoas, quebrar mais preconceitos, mostrar aos americanos que os brasileiros – sim – ainda detêm o futebol e também podem acrescentar muito mais a eles. De igual pra igual.

Afinal, o Brasil pode até ter seus defeitos… mas não é só o Rio de Janeiro que “continua lindo”…

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