Artista plástico português José de Guimarães apresenta novo trabalho em homenagem aos dez anos da instituição
A serpente sempre capturou a atenção do homem. Poucos animais possuem uma iconografia tão rica, com a presença de arquétipos contrapostos: o bem e o mal; conhecimento e desrazão; a vida e a morte. O Museu Afro Brasil, Instituição da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, envereda pelos caminhos sinuosos das representações artísticas do ofídio, em duas novas exposições simultâneas: “José de Guimarães – O Ritual da Serpente: 10 Guaches inspirados na obra de Aby Warburg” e “A Serpente no Imaginário Artístico”.
As exposições permanecem em cartaz até o dia 31 de dezembro. A entrada é gratuita.
O Museu Afro Brasil lançou seu aplicativo para dispositivos móveis, disponível para Android e IOS, com download gratuito na Google Play e App Store. O aplicativo traz informações sobre o Museu, o Diretor-Curador Emanoel Araujo, seu Acervo, disponibilidade de programação cultural atualizada (exposições temporárias e eventos educativos), geolocalização e funcionalidades de audioguia.
Um dos mais importantes entre os atuais artistas plásticos de Portugal, conhecido pelo uso rigoroso das cores, José de Guimarães apresenta seu mais recente trabalho, realizado especialmente para as comemorações dos dez anos do Museu Afro Brasil. Os dez guaches espelham sua interpretação pictórica da obra do historiador da arte Aby Warburg (1866-1929). O estudioso alemão esteve na América do Norte, no final do século XIX, para pesquisar sobre o “Ritual da Serpente” dos índios hopis.
“A arte de José de Guimarães é ao mesmo tempo una e múltipla, como o próprio artista que, ao deixar-se contaminar por uma diversidade de culturas, cria uma comunicação e uma identidade mestiças, regenerando padrões e singularidades”, afirma Emanoel Araujo, diretor-curador do Museu Afro Brasil. Ele também assina a curadoria das duas exposições. Essa é a segunda exposição dos trabalhos de Guimarães no Museu Afro Brasil. Em 2006, ele realizou a exposição “África e Africanias”.
Já a mostra “A Serpente no Imaginário Artístico” capta toda a extensa simbologia da serpente nas artes. Ela é encontrada nas máscaras gueledé, e nas variegadas garrafas e bandeiras do vodu haitiano, que integram a mostra. Suas formas tortuosas inspiraram a visão dos artistas: ela se esgueira na escultura de Mestre Didi, e do beninense Kifouli, reverbera na tela de Siron Franco, e se incrusta na gravura de Gilvan Samico. Estarão expostas também obras de Carybé, Juarez Paraíso, Francisco Graciano, Noemisa Batista dos Santos, além de trabalhos do Benim e Haiti. As obras dessa mostra pertencem ao acervo do Museu Afro Brasil.
Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
Parque Ibirapuera – Portão 10 – São Paulo / SP – 04094 050
Fone: 55 11 3320-8900
Entrada gratuita
www.museuafrobrasil.org.br
O funcionamento do museu é de terça-feira a domingo, das 10 às 17hs,
Com permanência até às 18hs.
Na última quinta-feira de cada mês, o horário de funcionamento será estendido até às 21hs, para atendimento noturno ao público visitante.
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