Existe uma superstição entre as pessoas, uma possível falácia que me foi dita enquanto eu pensava que falecia. “O final feliz tem esse nome por um motivo muito óbvio… É apenas no final” Triste era ouvir isto inúmeras e inúmeras vezes… Mas ninguém me aponta
o norte, uma direção ou rumor pra me assegurar, manter-me forte. Muitos, em minha posição, desejariam a morte. Sem cor, sem luz e sem cheiro, vejo certas pessoas passando da apatia ao desespero… E a passos largos. E, caso alguém entenda: as cores estão frias…
Sem sabor, sem sinfonia, sem dor ou alegria, parecem que estão sem energia para contar qual quer boa história, e apenas reproduzem o que já não tem mais graça, como se a desgraça não fosse nada, apenas uma criança que, para obter atenção, se faz de palhaça,
e, para piorar, se contenta com migalhas de pão e larvas. Talvez eu esteja sendo um pouco excessivamente exagerado, mas, no momento, não estou feliz com esse meu estado, vivendo ao lado de cores que mal nasceram e já estão se deixando de lado. Eu não me fiz
Cavaleiro para servir ingratos, e, sendo franco, não vou perpetuar esse legado de servir algum lado. Todos estão estragados. No momento, não vejo outra saída diferente: penduro meu escudo e minha espada. Não vou mais servir as cores relutantes e estéreis.
Criarei minhas próprias cores. Me aguarde. Não é por pendurar meu escudo e espada que estou desarmado, mas justamente o contrario…
Assinado: Sir. Coração de Leão (Arthur Degering 3h2)