Nasci aos 10 anos de idade. Morri aos 15. Encontrei-me um tempo depois – nada grave, nada – Meu Deus, estou perdida!
E já não se lembrava mais do que estava reclamando.
grave… Quem nunca morreu na vida, não é? Fora recolher os pedaços deu mesma, em cada esquina que parecia ser minha. Ao enfim juntá-los, atirei-os pro alto – que valor aquilo haveria de ter, se já se perdeu em lugar qualquer?! Então, mudei a lente de posição, desloquei meu foco. Passei a buscar neu mesma, e enfiei-me dentro duma rede. Debati, esperneei, mordi, rasguei. Respirei. Suspirei… Que mal havia ali, se nada além de mim mesma? Daí ri, mas ri gostoso, não daqueles risos que se exibe pra quem a gente não gosta, ou daqueles que são sustentados em festa de família em quem ninguém se entende. Ri, como se tivesse nascido praquilo. Como se fosse o meu único dever. Dever? Não! Minha única… Preocupação? Pior! Ri, e pronto. Ninguém tinha nada com aquilo. E, nadando pelos meus ecos, já não estava mais na rede: era peixe, lutando bravamente contra meu Velho pescador… Ele parecia ter tamanha habilidade… Que garra, quanta paixão!
Assim, como que de repente, eu havia descoberto o que queria para minha vida.
Abro meu caderno. Respiro. E pronto.
Escrevo… E pronto.
Larissa Macedo (3H1)