Em linha reta:
pena, papéis,
pulso, palavras
soltas ao ar
Ninguém vê o que circula,
o medo da escrita
a confusão
a dança das mãos
na melodia dos significados
Quero a salvação
Exaustão em falas fúteis,
discursos xerocados
cenas plastificadas
produtos residuais
mundo sem percepção
Mentes fechadas
entre vãs promessas
páginas em branco,
por que nunca preenchidas?
pelo abismo da solidão
Quero a pontuação
Um pedaço de letra
entortada, modificada
mão a mão
com acerto e precisão
procurando solução
No entanto, falta a proeza
a delicadeza
falta a rima
esquecida no amor perdido e
na solidão abusiva
Que a paixão
Lágrimas
das figuras de linguagem
das métricas, metáfora
perplexo para quem lê
com os olhos
Leia-se com a alma
o limite da palavra-vida
a verdade da alma finita,
a finitude da beleza –
a simplicidade da poesia
a compreensão.
Ana Luísa Romero Braga 3B1