Entre o brilhante amarelo constante
E o verde, permissivo e paciente.
Vê, logo atrás do vermelho abusivo
E do balé da cidade que nunca dorme?
Longe de tudo tido como rotina,
Longe de todos os apressados
Lá, naquela rua lateral.
Um par de olhos
Percorre tudo
Olhos indistintos e opacos
Ansiosos, tristes.
Não esperam nada de ninguém
(Nem deles mesmos)
E assim a miséria caminha,
Passo a passo,
As costas curvadas como se carregassem
O peso do mundo inteiro.
Um cinza no meio
Das luzes da cidade.
Isabelle Stapf (1A1)