As imagens do delírio, basicamente, permanecem em ti.
Intrínsecas, elas não se cansam de pestanejar devaneios nos caracóis do cabelo da fantasia da tua mente. Mas por que heis de girar, girar, girar em profundos tobogãs de areia nos corredores daqueles pensamentos, devaneios? Por que hás de gritar, gritar, gritar na tumbas daquele antigo anseio, sanidade?
Por que tanto anseio nesse devaneio se a vida se faz, basicamente, de delírio dentro de delírio dentro dos delírios de uma insanidade ansiosa? Por que tanto anseio nessa plenitude de insanos? Por que anseias por vida se a ansiedade é tão insana? Por que deliras com um mundo derradeiro em devaneios se tua mente é verdadeira imensidão de devaneios? Por que deixas de delirar se o mundo é tão mais belo se delirante e insano? Por que choras com essas imagens tão belas de um mundo que existe apenas em ti? Por que querias tanto algo apenas teu e agora choras com teus próprios delírios? Por que não te contentas com teus sonhos de não mais sonhar imagens frívolas a te assombrar por um corredor infinito de pesadelos?
O devaneio das imagens delirantes, basicamente, vivem em ti.
Júlia Magalhães (pseudônimo – 3H3)