Bate nas cordas
Do violão.
Um poema na cabeça;
Notas escorrendo
Pelo chão
Do pátio lotado.
Hora do intervalo
E os olhos injetados
De poesia.
Bate, ritmado,
Nas cordas
Vocais.
Foge das rimas fáceis,
Rindo na cara
Dos boçais.
Hora do intervalo
E a mente entorpecida
De teorias.
Batendo na mesma tecla:
Um dia que nem manda
E nem sai de cima;
Um dia boçal,
Cheio de rimas
Escorrendo pelo ralo.
Bate nas cordas
Do violão;
Sua poesia cobre
O chão do pátio
E eu me calo!
wanderley j. rodrigues