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05/09/2014

Em reflexão ao aniversário de 192 anos de Independência

#Prata da casa #Produção de alunos

Em reflexão ao aniversário de 192 anos de Independência

Publicado em 05/09/2014 07:00

Será Um Discurso De Caráter Metafórico Sobre A Sociedade Brasileira E A Coordenação Que Tem Tido Para Se Manter De Pé

Por que ficamos?

Centenas de anos fazem desde que os primeiros povos que vieram habitar esta “região” aqui se fixaram. E que fizemos desde então? Digo como interpretamos nosso meio e aonde consideramos que começa e termina o nosso lar? O mundo é nosso lar. Sim, claro, mas aonde particularmente viemos a ser apresentados ao mundo e aonde sentimos pela primeira vez a grandiosidade dos recursos que a vida nos tem a oferecer? Como nos organizamos e que critérios usamos para definir nossos limites ideológicos, se é que eles existem?

Vivemos em uma terra aonde os grandes que prezavam pela satisfação do povo foram poucos. Contrário ao número de supostos heróis que nunca foram verdadeiros ou de heróis brilhantes que foram corrompidos por causas tão patéticas, tão mundanas e tão incompatíveis com suas visões dinâmicas do valor do reconhecimento de símbolos na sociedade como os que o foram pelo dinheiro.

Mas se nossa história foi inundada por múltiplas falácias para encobrir as vergonhas destes supostos heróis, manchando momentos que talvez devessem ter sido os mais importantes de nossa nação, porque não seguimos noutra direção sem olhar para trás enquanto a única coisa que escutaríamos seria o estrondo dos portões verde e amarelo batendo às nossas costas?

Entre as primeiras coisas que surgem em nossas mentes em relação à formação de nosso corpo social está a variedade de povos que cá vieram e se misturaram em variados sentidos. Aprendemos sobre cores, aprendemos designações relacionadas a determinadas miscigenações, mas não costumamos nos aprofundar e compreender que virtude pode ser traduzida dessas ações.

Falo da virtude ainda tão disseminada no nosso dia a dia que se expressou quando múltiplos povos aqui se encontraram, e embora tenham tido suas desavenças, decidiram abrirar mão do isolamento. Hoje têm- se os representantes de seus legados vivendo juntos e sabendo ou não quem foram seus antepassados, estão certos de que estes em algum momento decidiram abrir mão do medo do desconhecido para que pudessem obter o contato. Não que todos hoje estejam satisfeitos com este contato, infelizmente, mas foi ele que gerou- nos uma riqueza de visões de mundo, uma riqueza de interpretações da vida. Foi ele que ampliou para sempre nosso modo de enxergar o cotidiano.

Falo da fraternidade, que mesmo que estivesse presente nos corações de apenas alguns dos muitos que vieram, foi suficiente para dar as primeiras marteladas no muro do xenofobismo. Isto forneceu- nos as primeiras conexões que fantasiavam uma conciliação que visasse à unidade. Graças a essa iniciativa cá estamos, utilizando o código que nós mesmos criamos.

É até um pouco engraçado perguntar a alguém do exterior para descrever a “cara” de um brasileiro. Ele pode até arriscar, mas não vai conseguir, porque não existe uma “cara”. Ainda assim, não importa onde estejamos no mundo, sempre nos reconhecemos. Reconhecemo-nos pelos menores hábitos, maneiras de se comportar, nos reconhecemos sem ter uma “cara” que expresse de onde somos.

E que procuravam os mais sábios e intelectualizados entre estes homens sem cara para o futuro de sua nação?  Já é antigo em nosso meio o sonho que determina o que definimos como a nossa visão de prosperidade. Padronizar os critérios de ordem na busca pelo conhecimento e sistematizar sua organização uma vez encontrado para então utilizarmo- nos dele no intuito de que pudéssemos realizar nossos desejos, nossas aspirações, com o objetivo de aperfeiçoarmo- nos como indivíduos conforme as nossas necessidades. Foi isso que estampamos na faixa que atravessa nosso céu.

É um sonho simples, porém exige grande esforço nosso. Precisaremos de grandes forças para utilizarmo- nos do progresso que foi feito pelas gerações anteriores e dar continuidade à jornada visando obter resultados até que fique próxima nossa hora de esvanecermo- nos e deixemos o restante às próximas gerações.

Mas acreditem se quiserem quando digo que a grande maioria de nós conhece muito bem de um jeito ou de outro o valor do trabalho. Sabemos descrever a origem de nosso sangue, suor e ocasionais lágrimas. Sabemos o que significa o esforço alheio. No entanto, não deixemos que outros se aproveitem de nossa disposição e capacidade de resistência como fizeram muitos daqueles “heróis” do passado. Não vamos baixar a guarda e fingir que a política é assunto para poucos como fizemos antes, porque o preço da alienação é alto. As feridas mal cicatrizadas de duas ditaduras como  o simples ato de abrir um álbum de fotos e não saber aonde foi levado e que fim foi dado a um ente querido que se perdeu há tanto tempo já bastam de exemplo.

Cabe a nós mesmos impedir o quanto antes possível que os cegos e sedentos não assumam o poder mais uma vez por debaixo de nossos olhos, espero eu que nunca mais completamente fechados.

Cabe a nós manter o medo próximo para que não fiquemos desatentos, mas ao mesmo tempo colocá- lo de lado para que possamos caminhar em meio à escuridão e descobrir que fariam os supostos incorruptíveis que imploram pelo poder uma vez que o consigam antes mesmo de o conseguirem.

Mas também não vamos cometer o erro de pensar que somos invencíveis. A humildade é nossa grande aliada para manter a chama de um sonho não muito rebuscado acesa por tempos a vir. A história registrada nos apresenta os muitos povos que se encheram com este sentimento de grandiosidade sem fim e afundaram num mar de desilusão, e a história a ser escrita nos mostrará que os tropeços ocorrerão com toda certeza. Cabe a nós decidir deles a quantidade e a gravidade.

Ninguém pode prometer o que o futuro guarda, mas algo que também adotamos em nossos pequenos hábitos e, em minha opinião, é essencial à manutenção emocional de qualquer homem, mulher ou criança localizada em qualquer parte do mundo é a esperança. A esperança de que o dia seguinte será melhor, de que se levantarmos poderemos seguir nosso caminho até que alcancemos nossos objetivos; ela nos move mais do que podemos imaginar num primeiro momento. E é junto dela, da fraternidade, do medo, da humildade e de outras muitas virtudes aqui não citadas que vamos em frente, puxando uma bagagem carregada de alegrias e decepções conosco, mas se o fizermos todos juntos enquanto pudermos vislumbrar aquele sol quase que espirituoso que todos nós muito bem conhecemos, compreenderemos que o sonho nunca precisou se manter apenas junto das estrelas, onde o colocamos no princípio.

Gabriel dos Santos Valentino (2B3)

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