Entre um louco e um lúcido, que diferença há?
Ou, entre um sábio e um tolo que diferença há?
Nenhuma, pois cremos naquilo que nos é alcançável.
Talvez se tivesse crido seria algum desses.
Talvez se tivesse crido…
Será que como o vinho o nosso valor pode alterar-se?
Ou melhor ainda, como ouro pudéssemos valer?
De que adiantaria? Se não existisse interiormente a sabedoria,
Da crença do que é ser e do que é não-ser?
Afinal, a vida é para ser intrínseca e não insípida.
A vida que trago não condiz com a realidade.
Porque existo apenas, mas pareço alegre.
Perdão. Não condiz com a Minha realidade.
Um dia eu não só existi, eu vivi.
Entretanto não cri, deixei de viver e passei a existir.
(Que o passado se torne arcaico em minha vida.)
Pois dele nada se traz de útil, além da experiência.
Entregue a preço de sangue para me tornar quem não sou.
Talvez se tivesse crido ainda seria eu.
Contudo não cri, e hoje sou eu vivendo você.
Bruno Marinho (auxiliar administrtivo – biblioteca)