.Me deves.
Me deves teu ser feliz.
Sempre me disseste ser eu a cor de anis de teu sorrir. Mas o que quero é que
este teu fiado se desfie e que nele nos enrolemos: tornemo-nos nós . Quero ter
[posse desses teus fios, poder cobrar tua presença, poder te puxar quando me afo
gar em tua ausência. Quero fiar este amor sempre poster
gado, sempre pra
amanhã, acumulando juros de um amor eterno, de uma agiotagem nunca vã.
Não quero, porém, que me pagues. Não te quero desatar com um recibo assinado e uma
despedida pra sempre presente, sempre doente. Quero teu fiado ao meu atado.
[Até nossa
última idade. Indormente.
Arthus Bustamante (estagiário de Português e corretor de redação)