No dia 25 do último mês, o mundo perdeu, na minha opinião, seu mais hábil violonista. Filho de um músico espanhol, Paco aprendeu desde cedo a tocar violão. “Aprendi violão como uma criança aprende a falar”, como disse certa vez. Seu pai lhe impunha um rigoroso treinamento, chegando a incríveis doze horas. O menino logo demonstrou ser extremamente talentoso, dando condição ao sonho do pai de torná-lo um grande músico. “Mas o que esse tal Paco tem de mais?” Técnica sobre-humana, com velocidade e precisão fantásticas, belas composições que envolvem o ouvinte com seu ritmo marcante, seu toque não suave na corda do violão que produzia uma harmonia suave. Para aqueles que só acreditam vendo (não, não está acelerado.):
Para quem conhece o flamenco: muito se deve a esse homem. O estilo espanhol, marcado por muita velocidade e ritmo, se tornou mundialmente conhecido com os discos de Paco. Sobretudo, sua história demonstra que com esforço e dedicação pode-se alcançar o topo, já que o violonista não sabia ler partituras nem improvisar, habilidades consideradas relativamente básicas até para amadores. Contudo compunha, provando que a música não está no papel e sim na alma (e nos dedos). Logo, Paco não é apenas mais um músico que falece. É um ídolo, “um titã da música flamenca”, como disse Eric Clapton, cuja influência ficará não só na Espanha, mas no mundo, especialmente entre os apreciadores de violão… Um gênio.
Lucas Martho Marcon (3H1)