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06/03/2014

#Prata da casa #Produção de alunos

Publicado em 06/03/2014 07:00

Tem como sentir saudade do inexistente? Tem como sentir saudade de um abraço nunca dado? De um beijo nunca recebido? De um amor nunca amado? Eu não sei. Eu sei que eu sinto. Eu sinto saudade do seu abraço apertado, do calor do seu beijo, da intensidade do seu amor. Como posso sentir saudade disso se eu nem mesmo sei como é de verdade? Na realidade, eu sei como. Pelos sonhos acordados em que eu me imaginava em seu abraço, e encontrava uma segurança nele… E em muitos outros sonhos que com meras palavras são impossíveis de descrever. Eu nunca me senti tão segura do que quando me imagino em seus braços. Sinto um frio na barriga e um calafrio por todo o corpo. Sinto um calor aterrissando em minha pele fria, e me imagino. Me imagino envolta pelos seus braços, nos quais eu encontrei uma segurança e um amor que só existe ali: no seu abraço. Me sinto a pessoa mais feliz do mundo. Até lembrar da realidade. A fria realidade que nos leva a cada dia. Todos aqueles sonhos, sentimentos que só existem na sua cabeça. Você passa pelo dono de seus sonhos e seu coração aperta. Como uma pessoa morrendo. Lentamente. Dolorosamente. E essa pessoa é sua alma, que condenada a uma vida sem amor com a pessoa de seus sonhos, vive sendo enforcada, esfaqueada e torturada de todos os modos possíveis, a fazer sofrer dolorosamente pelo amor não correspondido.

Bianca Duarte – 8D

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