Concluindo os debates no curso do Cidadania em Humanas, os alunos do 2.o ano se reuniram para a realização de uma Eclésia no anfiteatro. Com manifestos e discursos preparados, os alunos apresentaram suas pesquisas e opiniões sobre assuntos pertinentes no contexto sócio-político do país.
O evento consiste na apresentação de grupos cujos componentes apresentam um tema que julguem interessante e digno de atenção no cenário nacional, em seguida abrindo espaço para questionamentos de seus colegas. “Para participar desse evento os alunos passam por um longo período de preparação, que se inicia com reflexões sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e sobre a Constituição de 1988”, explica Marina Consolmagno, uma das professoras responsáveis por organizar o evento.
“Normalmente, acontece de termos alguns minutos extras ao final que oferecemos para os grupos caso queiram utilizá-los para se apresentarem. Pela primeira vez no evento, tivemos um
grupo que se dispôs e realmente quis expor seu trabalho mesmo não tendo sido selecionado”, comentou a professora Elisabete Pontes.
Para a professora Eva Turim, “um dos muitos pontos positivos da Eclésia desse ano foi o fato de alunos declararem que mudaram de opinião sobre um tema após pesquisar e conhecê-lo melhor”.
Após o evento, os alunos são incentivados a dar sua opinião sobre a experiência em uma pequena avaliação online. Um dos pontos positivos levantados por meio da avaliação foi a importância do acompanhamento contínuo das pesquisas e do cuidado com as fontes escolhidas para basear seu aprendizado. “Percebemos que, apesar de ser um grande desafio para eles realizar esse trabalho, os alunos sempre ficam muito satisfeitos com o resultado. Eles conseguem amadurecer e ver com outros olhos esses temas e isso é o maior ganho que eles têm com a
experiência”, completou a professora Fernanda Zuquim.
Alguns membros da equipe de Cidadania dão ainda destaque para o grupo de alunos que tratou sobre feminismo em seu manifesto, um tema pouco explorado em Eclésias anteriores. O grupo procurou apontar e focar-se no desvio que existe em relação à associação entre violência e aparência feminina.
“Uma das coisas que procurei frisar bem para o meu grupo era para que pesquisassem sempre em fontes e mídias diversificadas. No final, eles mesmos perceberam que a pesquisa ficava muito mais rica e com mais credibilidade”, finalizou a professora Sandra Braid.