E lá se foi mais um dia, quase mais um mês, logo, logo, mais um ano. Aulas, bimestrais, especiais, amigos, momentos, alegrias, tristezas, tudo passa agora pelos meus olhos, não só coisas desse ano, mas de toda uma vida. Coisas que continuaram, coisas que mudaram. Coisas que mudaram, especialmente. Diga-se de passagem que eu não esperava que minha vida desse a virada que deu. Amigos que eu não esperava rever nunca mais, amigos que eu nunca esperava ter, amigos que agora tomam seus próprios rumos. Isso dói um pouco, ver cada um com quem você cresceu tomar seu próprio caminho, exatamente como nossos pais nos disseram que aconteceria, mesmo com nossas refutas, com nossas insistências de “comigo vai ser diferente”. Ver amigos que em um ano – alguns até menos – ganharam nossa confiança como se fossem da vida toda. E que vão tomar seus próprios rumos, suas próprias vidas. Acho que as únicas coisas que nos restam deles são as memórias. Aquela dança na chuva, aquela viagem, aquela festa, aquele show, aquele kit, aquela prova. Não que foram só memórias boas, mas foram memórias. São delas que eu quero me lembrar quando tiver bem velhinho, quando eu não puder fazer mais nada que faço agora. Eu quero ver que a minha vida valeu a pena, em cada segundo que eu usei dela, que eu não vivi em vão.
Chris Villela (pseudônimo), 1C4