O corpo
De pé e fraco
equilibrava malabares
Na ponta dos dedos
Sorria com riso vermelho
Assim como seus olhos também sorriam
Seu show era para robôs
Aqueles em máquinas
Que corriam na estrada
E que acompanhavam o relógio
Decorridos dois minutos
O farol abriu
O cenho do palhaço franziu-se
Palhaço?
oh sim, em pintura e nada mais
o rosto era triste em essência
e de nascença
angústia de fome
de frio
de alma
Aplausos não se ouviram
Apenas motores que rugiram
E a chuva que seguiu
Desmanchava os falsos lábios esticados
Stephani Caroline, 3E2