Quando eu a vi, nos ides de Março,
notei seu ar blasê e despreocupado.
Se tivesse conhecido-a,
talvez não a tivesse amado.
A sua beleza casual,
sua natureza irresistível.
Seus cabelos ruivos e seus olhos cristalinos,
e mais que tudo: Impassível.
Ó, lindo presente da Fortuna,
Por que brincas com minha razão?
Sua mera imagem leva-me a loucura.
E muitas iguais a ti virão.
Muitos acidentes do acaso.
Foi só um amor de verão.
Arthur Lobão, 1A4