Costumava olhar-te,
Minha infeliz amada,
não por poucas vezes,
Com olhos carnudos
e apaixonados de um amante passivo.
De minha mente liberto-te.
Minha Paixão desesperançosa,
Uma lágrima de mar
Mas tão bela.
Desconhecida
Despercebida.
E de minha mente,
Por fim,
Liberto sua pessoa.
Continuo,
Porém,
Escravo platônico imoral.
Enquanto você celebrar,
Resta-me fazer o mesmo,
Celebrar,
Não a minha,
Mas sua alegria.
O que,
Realmente,
Importa.
João Paz Takeuchi, 1A4