Por Juliana Reimberg
Roseli de Deus Lopes é professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo além de coordenadora geral e criadora da FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) que busca estudantes interessados nas áreas científicas com o objetivo de instigar a comunidade em geral a entrar em contato com inovações tecnológicas. Roseli também é mãe do aluno do Band Leandro Zuffo Lopes e atuou em anos anteriores como avaliadora da Feira de Ciência e Tecnologias do Colégio Bandeirantes. Neste ano, visitou os projetos para acompanhar a evolução da Feira.
Confira abaixo uma entrevista exclusiva com Roseli de Deus Lopes.
Como foi a sua experiência como avaliadora na Feira de Ciências e Tecnologia no Colégio Bandeirantes nos anos anteriores?
Roseli: A experiência de avaliadora é bastante interessante, mas traz uma responsabilidade grande. Você precisa identificar os pontos positivos e os pontos que necessitam ser melhorados. Nesse ano, eu vim apenas como visitante para ver como tem sido a evolução da feira. É muito interessante, pois percebe-se que do ano passado para esse houve muitos avanços. Os trabalhos apresentam uma maior profundidade e os grupos prestaram uma atenção mais especial ao diário de bordo que é aquele registro cronológico. Sinto que o envolvimento dos alunos neste ano foi muito maior. Fazer projetos de verdade, descobrir como algo funciona, e até, de repente, criar uma solução nova são coisas que fazem com que o aluno tenha um outro relacionamento com o conhecimento: a escola fica mais interessante.
Qual a importância da feira para a escola?
Roseli: A feira é um instrumento pedagógico poderoso pois ela é um momento de socialização entre os atores da escola e também da escola com a comunidade. Além disso, os alunos, percebendo o interesse das pessoas no trabalho que eles estão desenvolvendo, passam a ter um outro comportamento no dia-a-dia com a escola. Eles passam a fazer conexões entre o seu trabalho e as matérias aprendidas no colégio. A feira é um investimento de tempo e dinheiro muito bom. Os estudantes também desenvolvem importantes habilidades comunicacionais.
E o público? Qual é a importância deles visitarem a feira?
Roseli: Os visitantes acabam aprendendo muito com estes jovens. O público muitas vezes é surpreendido por temas que talvez não fosse estudar sozinho, pelos quais não se interessaria. Outro ponto importante é eles conhecerem a própria escola, tanto a sua estrutura quanto o conhecimento que tem sido transmitido para os alunos. As feiras de ciência são um momento de grande visibilidade para escolas que devem sempre investir nesse tipo de projeto