O tempo passa
o mundo não para.
Vejo-o com os olhos que não são meus
sinto-o com o corpo que não é meu
reflito sobre ele com o cérebro que não é meu.
Nada tenho neste mundo.
Só meu medo,
minhas angústias,
as memórias que guardei.
Nem isso a mim pertence.
Para que sirvo, então?
Alugo por uma vida
a existência física que tenho.
Com o que pago o aluguel?
Atividades úteis? Altruísmo?
Prazer momentâneo?
Moeda sem valor?
Nada pagará.
Nada sobrará.
Até a história me apagará.
Stephanie Kestelman, ex-aluna da turma de 2011