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03/10/2013

Preçário?!

#Com Arte & Manha

Preçário?!

Publicado em 03/10/2013 18:46

Você já foi a algum estabelecimento em que só havia o cardápio dos itens sem o preço identificado e necessitou perguntar  a alguém o valor do que desejava?

No Brasil e no mundo, é extremamente comum  muitas lojas e restaurantes não identificarem os preços de seus itens.

Diversas vezes eu já fui a restaurantes em que, no cardápio, só havia a descrição dos pratos, e então sempre pedia ao garçom “ Você pode me trazer o cardápio de preços, por favor?” Ou ainda ia a alguma loja em que na vitrine só as peças estavam expostas e quando perguntava a vendedora, ela falava que ia pegar o “catálago de preços”.

Em uma viagem recente à Portugal, fui a uma lanchonete e percebi que no cardápio também só existia a descrição dos pratos. Assim, perguntei à garçonete se ela podia me trazer o cardápio de preços. No início houve um pequeno ruído de comunicação, pois ela não entendeu o que eu queria dizer, pois insistia que o único cardápio que tinha já estava em minhas mãos. Depois de explicá-la ela me disse: “Ah, tú “queres” saber do preçário? Está alí” E me apontou para o preçário fixado na parede, onde estavam todos os preços das comidas. Comecei a pensar nessa palavra e porque no Brasil  não a utilizávamos. Achei muito interessante o uso dessa palavra, que até então eu desconhecia. Em uma única palavra o que eu queria perguntar estava sintetizado. Logo em seguida fui procurar no dicionário para ver se ela realmente existia, pois duvidava de sua legitimidade. Eis que me deparei com sua existência e seu  significado, segundo o dicionário Houaiss:

Substantivo masculino

Regionalismo: Portugal.

Lista de preços.

20130915_103857

Depois de toda essa reflexão e de perceber que essa palavra existe mesmo no português, ainda me questiono porque no Brasil quase ninguém a utiliza, sendo que é um jeito bem criativo de definir um “catálago de preços”.

Se nós seres humanos preferimos sempre economizar letras palavras em nossa fala, como por exemplo: “tava” ao invés de “estava” porque não utilizamos “preçário” ao invés de “catálago” ou cardápio de preços”? Essa é uma pergunta que permanence em minha cabeça e que provavelmente estudarei mais a respeito no futuro.

Em suma, com toda essa experiência, pude notar ainda mais claramente como um intercâmbio cultural com um país que também fala português pode ser importante para o nosso conhecimento e a ampliação de nosso saber e de nosso vocabulário, já que existem muitas discrepâncias em nossa língua dependendo da região em que se fala. Muitas diferenças existem e é extremamente importante e interessante conhecê-las. Agora  que você já conhece mais uma palavra, tente usá-la em seu dia-a-dia e nos diga: será que os brasileiros poderão compreendê-la ?

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