Por Juliana Reimberg
e Leila Valença, do Idade Mídia
Em pleno sábado de sol, o grupo do Idade Mídia, que estuda e produz comunicação, foi visitar a sede do Jornal do Estado de São Paulo – popularmente conhecido como “Estadão”. Com o objetivo de aprender mais sobre o cotidiano de um jornalista, a visita foi guiada por Felipe Mortara que atualmente é repórter do caderno de Viagens do “Estadão”.
Durante o encontro, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer a redação, o acervo, a gráfica do jornal e, ainda, o estúdio da rádio Estadão. Enquanto conheciam a estrutura da redação, o repórter contou aos alunos sobre a história do jornal, o mais antigo brasileiro, e explicou como funciona o “dia a dia dos profissionais da área.
Uma característica peculiar é que dentro da própria redação há um dos estúdios da rádio e TV Estadão- conhecidas como “aquário”, devido as paredes de vidro da sala. A programação da rádio é marjoritariamente voltada a divulgação de informações todos os dias em parceria com o jornal, contando com um giro de notícias a cada 15 minutos.
No entanto, a parte que mais interessou aos alunos foi, com certeza, o acervo do jornal. Neste lugar estão todas as edições do “Estadão” desde 1875 junto com outras publicações de mídia impressa, como a Folha de São Paulo e O Globo. Há todas as variedades de revistas e materiais de pesquisas que podem ser consultados
a qualquer momento pelos repórteres. Este arquivo foi digitalizado no ano passado e é livre para todos os assinantes do jornal. Além disso, esse material também está disponível ao público em geral, desde que seja marcada uma hora para isso.
Mas, sem dúvidas, o que mais impressionou os estudantes foi o fato de comporem este arquivo cerca de 56.400 clipes sobre os mais diversos assuntos e personalidades importantes, prontos para serem publicados. Por exemplo, o obituário do Nelson Mandela já foi escrito. Inclusive, curiosamente, o obituário do famoso arquiteto Oscar Niemeyer, que morreu em dezembro do ano passado aos 104 anos, foi escrito por uma pessoa que morrera antes dele. Segundo o aluno Luiz Mello, o arquivo é “simplesmente lindo” e lhe faltaram palavras para descrever o local. Sem dúvidas, essa parte da visita foi emocionante para todos os “idademidianos” presentes.
Ao final da manhã, Felipe Mortara “bateu um papo” com os estudantes sobre jornalismo. Nessa conversa, ele contou mais sobre o caderno de Viagens e o processo de elaboração de um jornal. Os alunos ainda aproveitaram a oportunidade para perguntar sobre a faculdade de jornalismo e comunicação, como também, as expectativas de mercado para a profissão. “O mercado que se adapta a vocês” afirmou Mortara, confiante sobre o assunto.
Para encerrar a visita, os jovens estudantes foram à gráfica onde são impressos os jornais. Ato raro até para
os jornalistas da redação que poucas vezes visitam esta área. O “Estadão” é um dos únicos jornais brasileiros que ainda abriga o local de impressão no mesmo prédio da redação. Felizmente, no horário em que os alunos foram o jornal de domingo já estava “rodando”. Desta forma, foi possível ver as grandes máquinas imprimindo 35 mil cadernos por hora e funcionários trabalhando na checagem para garantir que não houvessem erros na publicação.