Por Aline Black, 3H1.
“Ao longo dos séculos os sistemas econômico, político e social sofreram muitas mudanças. Desde o feudalismo do século IV no qual as pessoas viviam em áreas agrárias delimitadas, passando pelo mercantilismo no qual a expansão territorial e a formação de colônias era necessária até o capitalismo, sistema vigente desde o século XVIII sustentado pela produção e lucro. Sendo o capitalismo um sistema consolidado há muito tempo, seria possível estabelecer uma forma de vida alternativa?
A integridade do capitalismo mundial já foi ameaçada por dois grandes movimentos: Primeiramente a expansão do socialismo no início da Guerra Fria que levou os Estados Unidos, maior potência capitalista, ao terror. Países foram isolados do comércio internacional e o medo de ataques comunistas era tão grande que gerou discriminação intolerância dentro deles. Em um período de maior estabilidade da Guerra Fria, nos anos 60, surge o movimento hippie que propunha a vida em coletividade e a liberdade para todos. Esse movimento mobilizou principalmente a população jovem e teve grande expressão nos Estados Unidos em oposição à guerra do Vietnã. Apesar de suas forças, os movimentos não foram capazes de destruir a hegemonia do capitalismo e foram impiedosamente reprimidos com ameaças e até mesmo ações militares.
Tal repressão capitalista pode ser notada também no século XXI, há um modo de vida imposto ao indivíduo: este deve estudar, se formar e trabalhar. Essas três atividades são necessárias à vide da pessoa, visto que sem uma boa formação a pessoa não consegue trabalhar e, portanto, não é capaz de se sustentar. O sistema capitalista está tão assimilado pelos indivíduos que, infelizmente, são alienados aqueles que buscam uma alternativa à vida baseada no dinheiro. A única possibilidade de vida alternativa são comunidades, geralmente rurais, as quais são pequenas, totalmente excluídas da dinâmica global e, até mesmo ignoradas pelos capitalistas. A dominação do capital sobre a maioria da população torna a busca por um novo sistema algo distante e utópico, visto que o capitalismo envolve a aceitação da forma de vida padronizada pela maioria da população mundial.
Em suma, o capitalismo trata-se de um regime repressor das ideias alternativas a ele. Essa repressão leva à impossibilidade do estabelecimento de um novo regime nos tempos atuais, no entanto, não exclui a possibilidades de mudanças futuras.”