Triste como mil horas são um segundo,
que passa como se nem isso fosse.
O mais veloz curso d’água do mundo.
Que ele parasse, ó velho sonho doce.
Triste como o tempo nada perdoa.
Destrói o infantil olhar de esperança,
impede de fazê-lo, a alma que voa,
tinge de cinza os sonhos de criança.
Triste como o tempo voa ao passar.
O velho se diz sábio, mas não vê
o quanto se perde aos anos ganhar.
Triste como a idade é cheia de si.
Penso, reflito e não entendo o porquê.
Se o adulto franze e a criança sorri.
Marina Gomes, 3B1