Por Vinícius Lombardi, 3H2.
“‘O Futuro é o intervalo de tempo que se inicia após o presente e não tem um fim definido. Referente a algo que irá acontecer, o futuro é o estado utilizado na mecânica clássica para dizer algo que está por vir. É o que ainda não aconteceu. Na mecânica quântica não existe a figura de futuro, pois esta atua de forma atemporal.’ Traduzindo, o futuro é o que ainda não aconteceu ainda e virá, de uma maneira ou outra, surgir. E mesmo quando ele surge, não se encerra, pois sempre haverá algo a ser continuado, a não ser que o universo acabe. Apesar de bolas de cristal que realmente funcionem não existirem, é possível se fazer algumas previsões baseadas no processo histórico até dado momento e até mesmo na esperança da sociedade do que irá vir pela frente. Até meados do século XX, a tecnologia ainda não era presente no dia a dia e as grandes novidades da época eram mecanizadas. Com isso, é natural que se esperasse que no tão aguardado Século XXI vivêssemos em uma sociedade mecanizada, com o máximo que a engenharia pudesse nos oferecer. A imaginação das pessoas fluía solta, ao passo em que esperavam que cada um de nós teria seu próprio avião e que o trânsito de automóveis que possuímos hoje estaria no céu, e não nas estradas. Pedreiros? Para quê? As máquinas serão capazes de construir prédios inteiros, em questão de poucos dias. Cabeleireiros? Com certeza teremos máquinas capazes de cortar nossos cabelos sozinhos da maneira que desejarmos. Talvez até mesmo nem precisemos de uma dessas, já que a medicina anda tão avançada aqui na atual década de 1920 que em breve poderemos ter um medicamento pra controlar a nossa quantidade de cabelo na medida em que quisermos não é? Escola? Livros? Ora, impossível que até 2001 ainda tenhamos de levantar para ir aprender! Aposto que teremos sistemas capazes de introjetar o conhecimento diretamente em nossos cérebros. Livros serão obsoletos e só servirão para vermos como um dia já fomos atrasados ao ler essas coisas.
É, em algumas crenças todos nós passamos bem longe, como se percebe. Mas mesmo assim, em outras podemos dizer que o ser humano foi até conservador. Impossível negar que a medicina veio avançando em ritmo desenfreado nos últimos anos, e hoje somos capazes de curar doenças que algum dia já foram consideradas causas de morte certa, como o câncer. Hoje se é capaz até de amenizar os efeitos da AIDS, e uma cura definitiva para os tumores está a caminho. Além disso, a tecnologia de hoje é algo inimaginável para as gerações anteriores: em 1980 se acreditava que ALGUM DIA, existiria um computador para cada 1000 habitantes nos EUA, e que os telefones celulares seriam tão leves quanto um tijolo grande, ou seja, reduziriam muito de peso. Com certeza Graham Bell deve estar se revirando em seu caixão ao ver o que nossos smartphones de hoje em dia são capazes de fazer. E até mesmo em países não tão ricos, as classes sociais mais baixas conseguem adquirir um computador de uso próprio. Os carros não voam, mas são cada vez mais eficientes, econômicos e seguros, de um jeito que não se esperava há muitos anos atrás. E, apesar de ainda irmos à escola para assistirmos pessoalmente à aula, o auxílio da tecnologia avançou muito nossa forma de aprendizagem. Seja pelo fácil acesso à internet, que é uma enciclopédia gigantesca e aberta presente em infinitos idiomas, seja pelo santificado ar-condicionado que nos salva nas manhãs do verão tropical.
E o que nos guarda para o futuro? Carros elétricos com zero de emissão de gás carbônico, uma medicina ainda mais avançada, o fim do mundo em algum momento (nem que seja quando o Sol se extinguir) e, claro, a morte. Essa última é a única coisa que podemos prever com garantia total que um dia nos irá acometer. Até ela chegar, resta-nos continuar desenvolvendo nosso futuro e da humanidade. Nem que seja dentro da nossa cabecinha imaginando como será 10 de junho de 2384 na rua onde moramos.”
Fonte da imagem: http://www.techzine.com.br/arquivo/em-1910-como-as-pessoas-pensavam-que-seria-o-ano-2000/.