Por Juliana Reimberg
A aluna Angelica Tidori Takiguchi do colégio Albert Sabin, que ontem ficou em segundo lugar no campeonato de xadrez do Interband, já foi medalhista em torneios profissionais.
A enxadrista, de apenas 16 anos, contou durante uma entrevista exclusiva à nossa equipe de imprensa que aprendeu a jogar na própria escola que, em sua grade curricular, tem como disciplina obrigatória o xadrez da 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental. Logo que começou a ter estas aulas, Angelica foi convidada por seu professor para participar de um campeonato em nível escolar. A garota destacou-se encerrando os jogos em terceiro lugar e, neste momento, descobriu que tinha talento para o xadrez. Além de torneios escolares, a jovem começou a participar de campeonatos paulistas, brasileiros e até sul-americanos! O xadrez, então, deixou de ser uma disciplina obrigatória e tornou-se uma das atividades favoritas dela.
Angelica sagrou-se campeã sul-americana com apenas 10 anos e bicampeã aos 12. Ademais, ela já fora medalhista em campeonatos paulistas e brasileiros. Quando indagada sobre a principal diferença entre um torneio profissional e um de nível escolar, a jovem enxadrista afirma que além da dificuldade dos jogos, ela sente-se mais incentivada nos campeonatos escolares ao defender a sua escola. “Gosto de participar de campeonatos escolares pois eu sinto que realmente tenho que defender a minha escola, já nos campeonatos nacionais e sul-americanos eu não vejo um grande incentivo do governo brasileiro para defender a minha pátria”, contou Angelica à nossa Redação.
Apesar de já ter participado de diversos torneios, esta foi a primeira vez da jogadora no Interband. Ela elogiou o torneio por sua excelente organização e equipe de juízes. Também gostou muito do amplo espaço separado aos jogos de xadrez e do sossego do ginásio que foi crucial para a sua concentração. Curiosamente, além do silêncio, a jovem enxadrista tem uma outra maneira muito particular para se concentrar antes das partidas: brincar entre os dedos com um chaveiro com pedras de damas!
Ao final da entrevista, perguntamos a garota o principal motivo que a atraiu para o xadrez, um esporte não muito comum no Brasil, mas que tem crescido muito nos últimos anos. Ela sem hesitar disse que foi a lógica que envolve o jogo. “O xadrez é como se fosse uma guerra: brancas contra pretas. É um jogo de estratégia e raciocínio lógico. Sempre gostei das matérias escolares que envolviam lógica”.