As professoras Paula Renata de Araújo, Giselle Migliari e Rosemeire da Silva iniciaram, nos 8.os anos, um projeto que expande o estudo feito sobre a obra Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes. Trata-se de um concurso literário internacional, que abrange escolas da Argentina e da Espanha, que propõe aos alunos que façam uma produção literária sobre uma nova aventura para o protagonista do clássico cervantino. “Eles leem o Dom Quixote ao longo de três bimestres; é uma adaptação longa, de dois volumes, para evitar o que acontece normalmente de lerem aquela versão de 30 páginas e acharem que leram o Quixote”, explica a coordenadora de Língua Espanhola, Rosemeire da Silva.
Inspiradas em sua formação voltada para as obras de Cervantes, as professoras desenvolvem diversas atividades relacionadas ao Dom Quixote ao longo do ano. Dentre elas, consta a produção textual, em espanhol, de uma nova aventura com o tema “Dom Quixote no Mundo Moderno”. A atividade, inclusive, foi apresentada em um festival cervantino na cidade de Azul, na Argentina, por meio da professora Paula Renata, que está na Espanha com uma bolsa para o doutorado em Dom Quixote. Sua presença no exterior possibilitou o conhecimento de outras escolas envolvidas com projetos semelhantes na Espanha e na Argentina. “Visitamos a escola em novembro e conhecemos um pouco mais sobre seu espaço físico e seus projetos e metodologias; foi uma experiência muito rica e interessante” comentou Rose.
Iniciou-se então o planejamento e organização do contato entre os alunos das três escolas (Bandeirantes, uma escola argentina e outra espanhola) por meio do “Concurso Literário Internacional – Dom Quixote nos Tempos de Hoje”. Os alunos demonstraram-se bastante animados em participar do projeto: “Eles já vinham desenvolvendo trabalhos sobre o livro e este, felizmente, não lhes pareceu apenas uma avaliação. Animaram-se muito com a proposta, principalmente pelo fato de ser um concurso internacional e pelo desafio de competir com adolescentes da mesma faixa etária, mas nativos em língua espanhola”, explica a professora Giselle. Todos os textos foram avaliados pela equipe organizadora e os melhores foram premiados por meio de uma vídeo-conferência em tempo real com as três escolas.
Animados com o contato, os alunos puderam conversar com seus colegas internacionais via internet, num momento quase tão marcante quanto a premiação em si, que anunciou os melhores textos de cada escola. “A experiência foi muito boa, tanto para os professores envolvidos no projeto quanto para os alunos. Os alunos puderam tomar conhecimento de outros parâmetros e outras realidades, ao terem contato com os trabalhos das demais escolas, o que complementa significativamente o aprendizado de língua e cultura hispânicas”, comenta Giselle.
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