Escapismo, angústia existencial, sublimação ao mundo transcendental… Seja na literatura, seja em um ano de vestibular, essas palavras exemplificam, ou já exemplificaram muito bem o sentimento de muitos que já desejaram de algum modo se livrar da dor existencial, das desilusões da vida e do tédio. Acredito que muitos “terceiro anistas” ao ler poemas condizentes com essas palavras já quiseram experimentar escapar dessa vida de estudos e vestibulares, ou se livrar dessa angústia que é escolher a qual profissão deve se seguir.
Existem inúmeros jeitos para se conseguir esquecer um pouco dos problemas e conseguir chegar nesse “tal” de “mundo transcendental, imaterial”. Na literatura, por exemplo, os eu-líricos optavam escapar pela morte ou então sublimar ao mundo das almas através dos sonhos ou enlouquecimento. Penso que a nossa angústia não chega a ser tão exagerada a ponto de querermos morrer ou enlouquecer devido a apenas um, dois ou três anos de estudos para o vestibular… O que eu digo é: pelo menos uma vez na vida já quisemos nos elevar a esse “tal” de mundo imaterial apenas para sair dessa loucura que é saber que em menos de um ano -UM ANO- estaremos (se Deus quiser) em uma vida total diferente que é a do conforto do colégio. Ou então, quem nunca quis esquecer um pouco da palavra “FUVEST” ou “bimestrais” ou até mesmo “estudar”… O difícil mesmo é conseguir se desligar um pouco dessas palavrinhas, afinal esse é O ano de nossas decisões e de realizarmos nosso sonho (ou não) de entrar na faculdade.
Enfim, como não temos um poder mágico que nos guie para esse “tal” de mundo, optamos nos elevar a ele através de sonhos durante aquela dormida após do almoço, baladas, bebidas (alguns, infelizmente), namoro, academia, escrita, leitura, yôga, danças… Cada um escolhe o seu jeito. O importante mesmo é conseguir esquecer um pouco dos livros e se concentrar em outras coisas, ou então acabaremos no enlouquecimento assim como muitos poetas angustiados.
Agora irei sublimar ao mundo dos sonhos através de uma boa e “longa” noite de sono. Boa noite.
Giovanna Torres Fabbri, 3H1