Cada vez mais os games invadem, dentro e fora da sala de aula, o universo escolar com força e velocidade: a maior prova disso é presenciar, depois de uma exaustiva semana de provas, um número considerável de alunos aglomerados na biblioteca para descontrair desse período de tensão jogando em conjunto com seus tablets ou pelos computadores.
Muito além do lazer, os games rendem, nas salas de aula, projetos interessantes para diversas disciplinas. Dentre os jogos utilizados pela escola encontram-se desde grandes franquias, como Minecraft e SimCity, até os produzidos especificamente para o ensino de determinados conceitos, como o Viajando com o Nitrogênio, usado nas aulas de Biologia nos 9.os anos. “Sempre procuramos trabalhar com games que os alunos possam acessar em casa, coisa que sempre pedem”, comenta a Professora e Coordenadora de Tecnologia Educacional, Cristiana Assumpção. “Além disso, informalmente, alguns professores recomendam aplicativos e outros joguinhos que possam ter a ver com a matéria e que possa ajuda-los a compreendê-la de uma forma mais concreta”.
Pelos corredores e bibliotecas não é raro encontrar alunos que dedicam grande parte de seus intervalos (e tempo livre em casa) aos games. Muito contrariamente ao senso comum de que a interação excessiva com jogos digitais pode acabar isolando o jovem do convívio social, os games acabam funcionando como fator de inclusão entre os colegas. “Eu acabo jogando mais aqui do que em casa. O servidor fica aberto pra muita gente, então conseguimos interagir bastante uns com os outros”, comenta Gabriel Zambelli, do 6.o ano, sobre o jogo Minecraft, um dos favoritos pelos alunos.
Além de brincar com os amigos que já conhecem, os jogos ainda abrem a oportunidade para novas amizades, como foi o caso de Lorraine Schmitt, do 6.o ano. “Tinha um garoto na minha perua que jogava e eu nem sabia. Um dia, sem querer, entrei num mundo (servidor) durante o recreio e depois, conversando com ele, descobri que jogávamos juntos”, contou.
Nesse cenário, nem os games de jogador único escapam da cooperação entre colegas: “Até em games de um jogador, o pessoal se reúne em volta pra ajudar, pra dar dica; é sempre muito legal”, explica Maria Clara Gregory da Silva, também do 6.o ano.
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