Por Vitória Koga – ex-aluna do Colégio Bandeirantes da área de Biológicas.
“Não sou economista. Nem administradora. Não tenho nenhuma experiência, ou estudo, na área econômica.No entanto, eu leio jornais e involuntariamente formo uma opinião sobre as notícias que leio, afinal, eu existo, logo,penso. É certo que eu só comecei a ler jornais de maneira compromissada há dois anos,coincidentemente, na atual presidência, mas algumas medidas que são sancionadas geram uma incrível sensação de revolta em mim. Há 15 dias atrás, a presidente anunciou que retiraria os impostos federais sobre a cesta básica, para que os valores repassados à população diminuam. Hoje, uma reportagem no jornal, mostrou que apenas 4, dos 175 itens, sofreram redução no preço,comprovando a grande eficácia da decisão. Quando li a primeira notícia, imediatamente comecei a refletir se o Brasil, que recentemente anunciou a queda no PIB (produto interno bruto) e que tem déficits em quase todos os setores, tem condição para dispensar uma fonte de renda.Alias, devo relativizar esse “dispensar” porque ele pode ser dois sentidos. O primeiro seria que os valores antes obtidos com os impostos sobre as cestas básicas sejam repassados para população de outra forma por meio de outros impostos. O outro sentido possível é de a quantia proveniente dessa taxa em questão seja realmente eliminada e pronto. Levando em consideração essa segunda opção, comecei a pensar se ao invés da Dilma simplesmente cortar os impostos sobre a cesta básica, ela não sancionasse medidas que dessem condições às indústrias para que elas redução o custo final? Leis que permitissem e estimulassem o segundo setor brasileiro a se desenvolver e, consequentemente ter condições de repassar uma diminuição de custos aos consumidores. Ainda mais, servir como uma fonte de emprego para que a população não necessite mais das “esmolas” dadas pelo governo. No meu ponto de vista, estímulos às indústrias significam não só um aumento na industrialização como também vantagens – a todos os cidadãos. Seriam uma solução duradoura,consistente, e não apenas uma forma de tapar o sol com a peneira,como várias outras decisões tomadas. Resoluções que apenas servem para agradar uma parcela da sociedade, dando uma impressão de falso bem estar, extremamente típicas de um governo populista.”