Reencontrar pessoas que fizeram parte de nossa história pode dar novos sentidos à vida que
levamos hoje. O Bandeirantes foi recentemente palco de mais um improvável, mas muito feliz,
reencontro entre educador e educando – que hoje assumem novos papéis.
Há alguns anos, a coordenadora do Laboratório de Química, Bete Rosa, começou a achar que
o nome e o semblante do jornalista e educador Alexandre Le Voci Sayad (do Idade Mídia e
Open City) lhe pareciam familiar. Até então, eles jamais haviam conversado sobre qualquer
assunto. “Sempre o via pelo Colégio e sabia que o conhecia de algum lugar, até que um dia ele
apresentou o livro “Idade Mídia” e falou seu nome completo; fui atrás de umas recordações e
achei um caderno que ex- alunos deixaram para mim, e lá tinha o nome dele”, contou Bete.
Antes da Química, Bete havia se formado em alfabetização, no antigo Magistério. Enquanto
estava na graduação em Química, dava aulas na Escola Jaraguá – localizada nos Jardins. Foi lá
que Bete foi responsável pela alfabetização do jornalista e educador, com então sete anos, em
1983.
“Quando a Bete me perguntou se eu era o mesmo Alexandre da Escola Jaraguá, foi como se eu
puxasse um filme de memórias da minha mente. Fiquei muito emocionado, não contive nem
as lágrimas. Eu amava a “Tia Bete”, como a chamava. Falava tanto dela para minha mãe, que
elas acabaram se tornando próximas à época”, explicou o jornalista.
“O Alexandre era um menino muito estudioso, educadíssimo. Era um excelente aluno e muito amigo. Eu costumava chegar mais cedo para arrumar a sala e ele vinha ajudar. Ficava conversando sobre muitas coisas”, relembra Bete. “Hoje é possível perceber que ele não mudou nada, ainda é aquela pessoa amiga e sempre muito interessado. Eu vejo nele a mesma pessoa que eu via quando criança”, completa.
A ampla carreira da Profa. Bete Rosa anterior à Química surpreendeu até os colegas mais
próximos. “Desde pequena sonhava em ser professora e tinha a ideia de que primeira etapa
era dar aula de alfabetização para crianças. Na minha carreira, ministrei aula para todas as
idades: crianças, pré-adolescentes e adolescentes; foi uma evolução necessária e um sonho
realizado”, orgulha-se.
Após esse encontro, fotos, lembranças e recordações foram aos poucos sendo revividas do
passado; alegria e felicidade vieram à tona. “Foi uma grande emoção encontrá-lo aqui no
Band, saber que está formado e é um profissional atuante e de destaque. Tenho a sensação de um trabalho concluído”, acredita Bete.
“Não é à toa que esse encontro aconteceu no Band. Acho que o Colégio tem o mérito de
reunir pessoas especiais, talentosas, além de seres humanos incríveis. Faço amigos aqui, e
reencontrar a Bete deixou meu trabalho ainda mais interessante”, finalizou Alexandre.
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