Boa noite! Primeiramente gostaríamos de agradecer a todos pela presença. Sabemos que grande parte das coisas que nós vamos dizer já foram ditas e que muitos de vocês não pretendem prestar atenção, mas garantimos que durante este discurso seremos o mais breve e mais sinceros possíveis.
É claro que antes de começarmos precisamos agradecer a todos aqueles que tornaram essa ocasião possível. Sejam esses nossos pais, por todas as horas de apoio, por todos os puxões de orelha, por todos os feriados não viajados porque na segunda feira iríamos ter prova de física, por todas as xícaras de café milagrosas que nos deram um empurrão a mais para não desistir de ler as 30 paginas do livro da Marilena Chauí na véspera da prova de filosofia e principalmente por todo o investimento, se é que vocês me entendem, que do fundo dos nossos corações esperamos que tenha valido a pena. Ou então nossos professores, que tiveram o Maximo de paciência, que sempre se preocuparam em ocupar a nossa cabeça com o maior número de formulas possíveis sem que nós esquecêssemos das características do governo de Getulio Vargas, e que não foram somente professores esse ano, foram também nossa base pra aguentar toda a loucura que é ser um vestibulando. E obviamente aos inspetores, que sempre com muito carinho deixaram as nossas manhas mais animadas.
Como alunos de humanas, sentimos que devemos fazer uma denúncia, por todo o preconceito e discriminação que sofremos durante toda nossa permanência nesta área abandonada. Não só nos encontramos isolados da sociedade bandeirantina no frio e solitário quarto andar do colégio, pelo qual devemos atravessar árduos e intermináveis 4983 lances de escada para chegarmos, como também somos desprovidos de todas as inovações tecnológicas que foram implantadas no colégio recentemente. Tão real é isso que as reformas só vão começar a chegar no quarto andar agora que estamos saindo. Para todos os outros meros mortais, nós de humanas somos aqueles considerados mais fracos, mais frágeis, mais emotivos e sentimentais, mais afeminados, mais hipsters, mais não decididos em relação ao futuro ou então aqueles que estão tentando levar a vida de uma maneira mais fácil. Pois estamos aqui hoje para desmentir tudo isso. Garanto pra vocês que muitos de nós terão um futuro brilhante, mesmo que não nos ternemos médicos ou engenheiros, talvez inclusive como cineastas, ou pintores, ou publicitários, ou então juízes por exemplo; advogados de sucesso, sei lá. Temos confiança na capacidade de cada um de nossos colegas para garantir o futuro do nosso pais.
Para finalizar, gostaríamos de agradecer novamente pela presença e atenção de todos. Esperamos que o nosso discurso tenha sido pelo menos um pouco mais animado que um vídeo do Boris fausto e gostaríamos de ressaltar, como ultimo aspecto, aquilo que consideramos o mais importante de toda essa vivencia que tivemos no colégio: os laços que criamos. Com certeza, cada uma das pessoas que passaram pela nossa vida, nos tocaram de alguma forma, e tenho certeza de que isso ajudou a nos formar do jeito que somos. As amizades que construímos aqui são coisas preciosas que levaremos conosco para o resto de nossas vidas.
Torcemos, de coração, para que o caminho de todos os formandos aqui presentes seja sempre iluminado.
Muito obrigado, boa noite.
Bruna Nogueira de A. Romero (3H1)
Renato Akira Eto (3H2)