Este é o título de uma das obras mais importantes do o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, escrito no final do século XIX. Também é o título de um poema sinfônico produzido pelo maestro alemão Richard Strauss. Mais ainda, é o título do texto do Caio Duarte, da 3H2. Neste texto, o Caio trata das características do Zoroastrismo, uma das importante religião surgida na Pérsia entes de Cristo e que influenciou a concepção do islamismo, além de ter inúmeros pontos de contato com o Cristianismo. Muito legal.
“Ao buscar entender o que levou ao fim do Império Bizantino, descobri que não foram só os turcos os responsáveis pela sua queda. O real motivo pode ser resumido como as guerras de Bizâncio com os Persas, que também tombaram ao Islã. Foi aí que busquei entender a situação, porque, pra mim era difícil imaginar os persas lutando com os gregos, como nos tempos de Alexandre, e ainda por cima serem Islamizados. Assim, descobri que o Império Persa seguia o Zoroastrismo, uma religião monoteísta que tem o nome de seu profeta, Zoroastro ou Zarathustra, na qual se venera Ahura Mazda, a sabedoria. Essa religião é ainda mais fascinante por sobreviver entre os 100 mil Parsis exilados no norte da Índia, cujos ancestrais fugiram após a invasão islâmica da Pérsia, e por trazer em seus ensinamentos a base para o monoteísmo e o dualismo que caracterizaria as três grandes religiões Abraâmicas, cujos dogmas moldam a história até hoje, desde as Cruzadas até a Primavera Árabe. Mas o que me fascinou sobre o Zoroastrismo é que ele não mostra os homens como servos ou crianças perante seu Criador, mas como iguais, que podem escolher ajuda-lo a livrar o mundo da mentira, uma visão diversa a de qualquer religião monoteísta. Zoroastro recebeu de Ahura Mazda a missão de convidar as pessoas a buscar a sabedoria, ensinamento seguido à risca até hoje pelos zoroastristas, conhecidos por patrocinarem obras sociais na área da educação. Tal busca pela sabedoria e os ensinamentos do profeta chegaram a inspirar Nietzsche a escrever Assim falou Zarathustra. Os adeptos da religião têm como seus expoentes Freddie Mercury, o maestro Zubin Mehta e o milionário Ratan Tataparsis. Compreender o Zoroastrismo, uma religião que ainda sobrevive nos seus rituais com chamas milenares que queimam desde antes da civilização grega nascer, possibilita entender como ele influenciou o mundo em que vivemos, com seus preceitos, resumidos num antigo provérbio: ‘Bons Pensamentos, Boas Palavras e Boas Ações’.”