O Laboratório E1 recebe aulas diferentes das tradicionais e foi especialmente concebido para isso. Mais se parece com uma oficina. Ao se entrar nele, logo são percebidos os enormes armários de madeira, que cobrem duas paredes inteiras. Fios longos descem dos suportes de lâmpada no teto, cada um deles possui um interruptor na ponta, que acende a luz à qual está ligado – assim poupa-se energia.
Os grandes armários armazenam os mais diversos materiais. Pode-se encontrar instrumentos musicais, painéis de controle, iPads, fios, pedaços de madeira, peças de Lego, motores e outros objetos capazes de estimular a imaginação. A sala também possui computadores Mac, utilizados nas aulas que envolvem o mundo virtual.
“Essa sala foi criada em 1998, para que cursos de atividades manuais e virtuais fosse ministrado em um ambiente diferente”, explica o Diretor de Tecnologia, Sérgio Américo Boggio. “A ideia era ter uma oficina de criação, onde os alunos pudessem ser orientados, mas ao mesmo tempo tivessem a liberdade de descobrir novas habilidades por si só”.
Na E1 são realizados os cursos livres do iBand, de Robótica, de Mecatrônica e também algumas aulas da Faculdade BandTec. Essas aulas, em comum, são focadas no “fazer”: exigem que os alunos utilizem as mãos na construção de algum objeto, ou algum instrumento para criar uma música, por exemplo. Mas nenhum deles deixa de lado o uso dos computadores conectados à internet.
“Uma vez propus que os alunos montassem um porta-lápis e fizessem uma figura no computador para estilizar o objeto. Muitas figuras não couberam nas medidas propostas e tiveram que ser refeitas, pensando mais atentamente nas dimensões, nas escalas, nos ângulos. Era o mundo virtual que ele criou no computador contra o mundo real exigindo um tamanho diferente”, exemplifica Boggio.
“Percebemos uma diferença no comportamento dos alunos. A revolução digital mudou o jeito de se pensar e se comportar. Muitos jovens se acostumaram a ver o mundo através da tela de um computador ou tablet, ou seja, em duas dimensões. Com isso, deixa muitas vezes de desenvolver a habilidade da visão espacial; aí entra o papel da E1”, completa.
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