Por Mariana Bregola
Uma exceção no campo da engenharia, a renomada profissional Dra. Roseli Lopes de Deus, coordenadora da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), nos contou um pouco sobre como a mulher vem ocupando espaços nessa área.
Segundo Roseli, o pequeno número de mulheres no campo da engenharia não se deve mais ao preconceito, fator determinante há alguns anos atrás, mas sim a uma percepção de que se trata de uma profissão masculina. Segundo ela, apenas cerca de 15%, entre alunos e professores, são mulheres na Escola Politécnica de Engenharia da USP (Poli).
Entretanto esses números mostram um prejuízo para o mercado. “A diversidade de olhares dentro da engenharia proporciona um enriquecimento no trabalho”, acredita. Além disso, segundo Roseli, há o mito de que a engenharia é uma profissão que engloba apenas as disciplinas de exatas. As áreas de humanas e biológicas também estão presentes quando pensamos na inserção da engenharia na sociedade de consumo.
“Um ambiente em que há equilíbrio entre o número de homens e mulheres tem um rendimento muito maior e proporciona um trabalho muito mais rico”, diz ela. A engenheira acredita também que não é apenas a diversidade entre homens e mulheres que torna o trabalho mais eficiente, mas a diversidade de pessoas, que fornecem olhares e ideias inovadoras para o trabalho.