Três noticias sobre o crack envolvendo três estados brasileiros.
A fonte principal das notícias é o Blog Dependência Química.
Crack resiste e com ele sujeira se alastra pelo centro de SP
Folha de S. Paulo
LAURA CAPRIGLIONE
DE SÃO PAULO
A rua Dino Bueno, no centro da cidade, retomou o pulso, coração da cracolândia que é. Na semana passada, 200 homens, mulheres e crianças acotovelavam-se na esquina com a rua Helvétia.
Todos disputavam pedras de crack que uma mulher de cabelos loiros oxigenados distribuía. “É nóis, é nóia”, sintetizou o autônomo Antônio Goulart, 45, usuário da droga, sobre a natureza da aglomeração.
“Eu teria vontade de rir se o problema não fosse comigo. Está tudo como antes”, disse à Folha a manicure Olinda de Jesus, 56, que vive em um prédio na praça Júlio Prestes. “É insuportável a sujeira, a bagunça, o barulho. Muita gente já saiu daqui [por não aguentar].”
Usuários de crack se multiplicam em bairros de Cuiabá
Mídia News
Morada da Serra, Centro-Norte, Porto, Osmar Cabral e Distrito industrial são os pontos mapeados.
KATIANA PEREIRA DA REDAÇÃO
Um mapeamento feito pela Secretaria Nacional Antidrogas, em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), traça um cenário das “cracolândias” nas capitais brasileiras. Diz no mapeamento que, nessas regiões, é comum o consumo de crack e merla.
Em Cuiabá, os dados apontam para os bairros Morada da Serra, Centro-Norte (Centro Histórico), Porto, Osmar Cabral e Distrito industrial. Nessas regiões, as “cracolândia” são itinerantes e vão se movimentando segundo o ritmo das incursões policiais e de brigas entre traficantes.
Um levantamento feito pela Polícia Civil mostra que foram cadastradas 140 pessoas que estavam em “situação de rua” e atuam como “flanelinhas” para sustentarem o vício.
´Feminização´ do crack fortalece o circuito da droga em Fortaleza
Diário do Nordeste
Vulnerabilidade
Histórias contadas por usuárias comprovam o poder do crack e a ligação da droga com a violência e a pobreza
Um ser forte, muitas vezes matriarca, apoio emocional e social de uma família, sensíveis aos problemas do mundo, geradoras de renda, agraciadas por carregar no ventre a humanidade. As mulheres são seres especiais, mas, apesar de toda essa fortaleza, um inimigo tem conseguido atingir de forma cruel, desumana e devastadora parte das meninas, adolescentes e adultas do sexo feminino: o crack.
Através desta “feminização”, dia após dia, o circuito das drogas vem se fortalecendo na Capital. Em várias esquinas da cidade, é possível encontrar perfis diversificados de mulheres sob efeito do crack. Existem as crianças e adolescentes usuárias, as mulheres que viram moradoras de rua por conta da dependência, as filhas dessas mulheres que caem na total vulnerabilidade social, as que se prostituem para comprar o crack e as que ganham a vida traficando para sustentar os próprios vícios.