Ontem foram divulgados os resultados do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) realizado pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Inpad (Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas).
Hoje vários jornais e portais divulgaram os resultados. Abaixo, você tem acesso aos principais.
País tem 1,4 milhão de dependentes de cocaína
Levantamento inclui pessoas que usaram o entorpecente em pó, injetado ou fumado
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO – Folha de São Paulo
Nos últimos 12 meses cerca de 2,8 milhões de brasileiros consumiram cocaína. Nesse universo estão os que a inalaram, os que a injetaram e os que a fumaram em suas mais diversas formas -crack, óxi e merla.
Desse total, quase a metade, 48%, tornou-se dependente.
Os dados constam do “2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas – o uso de cocaína e crack no Brasil”, divulgado ontem pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Inpad (Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas).
A pesquisa, feita com 4.607 entrevistados de 149 municípios de todo o país, constatou que atualmente há mais pessoas viciadas em cocaína e em crack do que em maconha: 1,4 milhão contra 1,3 milhão.
País tem 2,6 milhões de usuários de crack e cocaína |
Metade deles é dependente e substância inalada é a principal forma de consumo, segundo estudo do Inpad Fernanda Aranda– iG São PauloUma pesquisa divulgada hoje (5) mostra que o Brasil tem 2,6 milhões de usuários de crack e cocaína, sendo metade deles dependente (1,3 milhão). Deste total, 78% cheiram a substância exclusivamente (consumida na forma de pó); 22% fumam (crack ou oxi) simultaneamente e 5% consomem apenas pelos cachimbos, que já viraram marcas registradas das áreas degradas e conhecidas como cracolândias.O estudo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), unidade de pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostra ainda que, do total de usuários, 1,4 milhões (46%) são moradores da região Sudeste e 27% residem no Nordeste. No ranking de regiões, o Norte aparece em 3º lugar (10%) empatado com o Centro-Oeste. O sul, com 7% de concentração, está em último lugar. “Fizemos as análises por classe econômica e, diferentemente do esperado, não houve nenhuma diferença estatística. O padrão de consumo de cocaína, seja aspirada ou fumada, é o mesmo entre os ricos ou entre os pobres”, afirma uma das autoras do estudo, a psicóloga Clarice Sândi Madruga. “Uma das hipóteses para este cenário é que o preço da cocaína está muito mais barato, o que facilita o acesso.” Leia também: Cerca de 1,5 milhão de pessoas consomem maconha diariamente, aponta estudo Veja os efeitos do crack no corpo Brasil é o 2º consumidor mundial de cocaína e derivados, diz estudoMais de 6 milhões de brasileiros já usaram cocaína, crack, óxi ou merla.
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