A campanha do Brasil em favor da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e a candidatura do País, caso o órgão seja ampliado, tem o apoio do presidente da França, François Hollande. A confirmação do apoio foi dada, nesta segunda-feira (27), pelo ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.
O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 integrantes, mas apenas cinco têm assentos permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Os demais lugares são rotativos e cada país ocupa a vaga por dois anos. O governo brasileiro defende a ampliação para, pelo menos, 25 vagas no total.
Durante reunião realizada em Paris, o ministro francês Laurent Fabius e o chanceler brasileiro Antonio Patriota, discutiram também temas como a onda de violência na Síria, a crise econômica internacional e o impasse envolvendo o Irã, além de ações estratégicas de proteção de desenvolvimento na região de
fronteira entre a Guiana Francesa e o Brasil, bem como a cooperação em educação, ciência e tecnologia e energia.
No cenário internacional, os dois países coincidem em algumas opiniões, como a busca pelo diálogo entre os governos e as medidas pacíficas como solução para impasses.
Patriota e Fabius conversaram também sobre a missão de paz para a estabilização do
Haiti, formada por integrantes das Forças Armadas de vários países. Ambos concordam que é necessário manter essas tropas
estrangeiras no país caribenho até que o governo haitiano considere que a ajuda não é mais fundamental.
Em relação à economia, há interesse dos países em incrementar as relações bilaterais. Para o Brasil, é fundamental a troca de tecnologia com os franceses, enquanto para a França, é interessante uma associação ao dinamismo da economia brasileira.
No primeiro semestre de 2012, o intercâmbio comercial entre o Brasil e a França atingiu US$ 4,9 bilhões, o que representa aumento de 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado. De 2001 e 2011, o estoque de investimentos franceses no Brasil cresceu cerca de US$ 19 bilhões. Em 2011, a França foi o quinto maior investidor no Brasil, segundo dados do governo.