O vestibular para Medicina pode ser decidido por décimos de nota. Um detalhe emocional pode impedir a conquista da sonhada vaga, por mais preparado que esteja o estudante. Por conta disso, o Band trouxe dois convidados surpreendentes para a turma de Aprofundamento para o Vestibular de Medicina: o coordenador de criações artísticas da ONG Doutores da Alegria, Ângelo Brandini, e o mestre do Aikido, José Roberto Bueno.
A biblioteca do Bandeirantes passou por uma rápida mudança. As mesas e computadores foram removidos temporariamente, para que se transformasse em uma sala de estar. Almofadas e pufes foram colocados para o maior aconchego dos alunos. Sentados no chão,
eles acompanharam atentamente o workshop que durou cerca de duas horas e meia.
Quem abriu a palestra foi o coordenador de química, e professor do curso de aprofundamento, José Ricardo Almeida. “O segundo semestre começou e iniciamos com essa apresentação para ajudar os alunos a enfrentarem o vestibular de forma proativa. O palhaço e
o guerreiro vieram demonstrar como ver o lado positivo nos desafios”, disse.
Após a introdução, o coordenador do Departamento Cultural, Emerson Bento Pereira, exibiu o vídeo de uma das corridas vitoriosas do atleta jamaicano Usain Bolt. “A concorrência que Bolt tinha era muito forte, assim como o vestibular de medicina. O vídeo mostrou que o atleta estava concentrado, mas sem deixar de se divertir. É assim que os alunos precisam se sentir: que dá para levar a vida seriamente com humor e disciplina”, explicou.
O “clown” Ângelo Brandini tirou muitas risadas dos estudantes, com simpatia e humor. “As pessoas têm muita técnica, mas precisam trabalhar mais a emoção. Precisam quebrar paradigmas. Só a técnica ou só a emoção não adiantará nada”, declarou.
Já José Roberto Bueno, mestre de Aikidô, difundiu aos estudantes a filosofia dessa arte marcial criada durante a Segunda Guerra Mundial. “Temos que trazer para o corpo o estado de serenidade de atenção, não pode ser apenas um exercício mental. Uma hora todos caem e precisam saber levantar para continuar no jogo”, proferiu o mestre.
Para fechar a palestra, a psicóloga Stela Fava realizou exercícios de respiração e movimentação com os alunos, e também pediu que eles escrevessem as palavras que levariam da apresentação. “O que no início era medo, apreensão e angústia acabou virando oportunidade, sonho e felicidade. A situação externa continua a mesma, os vestibulares não sumiram. O que aconteceu foi uma mudança interna, quanto ao que sentem em relação às provas”, explicou.
“O workshop ajudou a mudar a visão que eu tinha da pressão do vestibular. Vimos que temos a capacidade e o que realmente precisamos é da confiança, e a palestra proporcionou muita confiança”, disse a estudante Maria Clara Ribeiro.
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