Eu ainda lembro quando eles fizeram vinte anos. Pois é. Cresci ouvindo estes caras e, séculos depois, ainda gosto muito deles.
Nestes cinquenta anos os Stones fizeram algumas das melhores coisas que o Rock produziu, foram presos várias vezes, envolveram-se com drogas, deram shows memoráveis, escândalos incontáveis, foram ao fundo do poço e subiram às alturas, ajudaram a mudar os padrões sociais e envelheceram. E como! Todos em torno dos setenta anos. É possível fazer Rock aos setenta? Eles provam que sim, como provaram aos sessenta, aos cinquenta, quarenta, trinta… Ainda são bons? Já foram muito melhores, a melhor banda do mundo, entre 1969 e 1974, quando fizeram ao menos três álbuns – “Get Year Ya Ya’s Out”, “Sticky Fingers” e “Exie on Main Street” – que teimam em não envelhecer.
Mas, se me perguntassem qual sua obra mais importante em todos esses anos, eu diria que os Stones romperam uma barreira perversa: a da idade. Eles mostraram que o Rock não é exclusivo para adolescentes. Com isso, talvez até sem se dar conta, e uma ironia para quem nasceu desafiando os mais velhos, os Stones transformaram o Rock em uma ponte entre as gerações. Fantástico!
Ouça “Brown Sugar” ao vivo em 1972
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Crédito da foto: http://thedailypipe.blogspot.com.br/2010/06/rolling-stones-alive-and-rollin-from.html