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03/06/2012

A Revolução dos Cravos e a ditadura brasileira

A Revolução dos Cravos e a ditadura brasileira

Publicado em 03/06/2012 12:08

E a Bruna (3B2/5) está de volta. Desta vez ela  escreveu sobre a Revolução dos Cravos, o movimento militar que colocou fim a 42 anos de ditadura salazarista em Portugal e sua repercussão  junto à ditadura brasileira.

“Passava da meia noite quando ’Grândola, Vila Morena’ ecoou pelos rádios lusitanos. A música, proibida pela ditadura, era um sinal para o início da revolução, da qual depois virou um hino. Era 25 de abril de 1974 quando os militares chegaram a Praça do Comércio, onde ficavam os ministérios. Sem resistência, em poucas horas caiu a ditadura de Salazar, comandada por Marcello Caetano, seu sucessor.

Não se sabe bem a razão, mas todos os soldados portavam cravos em suas espingardas. Alguns dizem que uma florista, que iria fazer uma entrega em um hotel, encontrou um militar, a quem deu o cravo. Seus companheiros do pelotão rapidamente o imitaram, e a flor tornou-se símbolo do 25 de Abril.

No Brasil, a Revolução dos Cravos serviu para estimular a oposição à ditadura. Portugal, a antiga metrópole, que antes era um símbolo de conservadorismo, tornou-se um exemplo a ser seguido pelo nosso povo.  Chico Buarque escreveu, em 1975, a música ‘Tanto Mar’, que em seus versos (obviamente censurados) diz: ‘Lá faz primavera, pá/ cá estou doente/ manda urgentemente/ algum cheirinho de alecrim’.

O que mais surpreende, talvez, é a posição do governo brasileiro: dois dias após a queda do Estado Novo, foi o primeiro país a reconhecer o novo governo português, que se aproximava do bloco soviético. Também serviu de mediador entre as colônias e os lusos, para facilitar o processo de independência, além de oferecer asilo a Caetano.

A postura contraditória do nosso país pode ser em parte justificada pelo antiamericanismo do então presidente Geisel e, por outro lado, explicada pelo interesse de o Brasil se tornar o ‘herdeiro natural’ das colônias africanas, como disse o embaixador brasileiro em Angola Álvaro Lins.  Os portugueses, afinal, não estavam ‘orgulhosamente sós’: contra todas as chances, puderam contar com o apoio brasileiro.”

(crédito da imagem: http://topazio1950.blogs.sapo.pt/172849.html)

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