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20/05/2012

Os símbolos e a História: o caso da Suástica

Os símbolos e a História: o caso da Suástica

Publicado em 20/05/2012 12:47

As aulas sobre o nazismo despertam todo tipo de curiosidade, principalmente sobre o símbolo deste movimento, a cruz Suástica. Embora não tenha sido elaborada pelos nazistas (não teriam capacidade para tanto…), a Suástica ainda representa a dor e o sofrimento que eles espalharam pelo mundo. Como surgiu e o seus vários significados é o tema do texto abaixo,  que a Ellen Franco (3B4) escreveu. Um passeio rápido pela história da Suástica.

“Estudar história acarreta em estudar também os símbolos que a acompanham, e como os conceitos nas civilizações com o passar do tempo se modificam ou se adaptam, o mesmo ocorre com os símbolos. Muitas vezes formamos opiniões erradas a respeito dos símbolos por não levarmos em consideração que seus significados originais são diferentes. É o caso da Suástica, que teve a mudança mais radical em eu significado, sendo hoje em dia associada ao nazismo. Contudo, o que muitos não sabem é que se trata de um símbolo universal e comum aos mais diversos povos da antiguidade com significado positivo em todos eles. Ideograma primeiramente encontrado na Suméria aproximadamente 3000a.c., seu nome Suástica se deriva do sânscrito sendo su, “bem” e asti “estar”, e o símbolo foi geralmente associado ao Sol (poder), à força vital e à regeneração cíclica. Caracterizou-se como símbolo de diversas religiões e culturas asiáticas como no hinduísmo onde é encontrada em templos e no budismo onde quando voltada para a direita simboliza força e inteligência e quando para a esquerda, amor e piedade. A Suástica também foi encontrada na América do norte, sendo lá usada por tribos pré-colombianas onde para cada tribo se tinha um significado diferente, mas em suma sempre representando sua tribo ou a entidade espiritual criadora desta. Na Europa, o símbolo era comum a diversos povos pré-cristãos como gregos, celtas e eslavos seja como adorno ao roupão da deusa grega Athena seja como em artefatos do dia a dia ou símbolo do sol para os vikings, e também aos cristãos na Idade Média representando seitas secretas. Assim, somente a partir da década de 1930, o ideograma foi monopolizado por Hitler como símbolo do partido nazista na Alemanha onde seu uso na bandeira nazista se referia à descendência ariana dos alemães e ao antissemitismo. Segundo Hitler sobre a bandeira, o vermelho representaria o pensamento social em movimento, o branco o pensamento nacionalista com a Suástica ao centro representando a necessidade de pureza da ‘raça’ ariana no país, o que degradou completamente o significado original.  Podemos concluir que não se pode julgar um símbolo somente levando em consideração uma referência histórica que não necessariamente o caracteriza como um todo.”

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