Todos sabem das dificuldades políticas que a Rússia vem experimentando desde o fim da União Soviética. Embora hajam eleições periódicas no país, sua lisura é sempre questionada, como as mais recentes, em que foi eleito presidente Vladimir Puttin, a figura controvertida que domina a Rússia desde a década passada. A Beatriz Barret (3B1, nº7) escreveu um texto que mostra que muitos russos estão atentos a isso e lutando para estabelecer uma verdadeira democracia no país.
“Desde as eleições parlamentares no final do ano passado, que receberam diversas acusações de fraude, o governo russo tem enfrentado grande oposição da população. Milhares de pessoas participaram de protestos, mas um grupo em especial tem chamado atenção. Pussy Riot é uma banda punk feminista que organiza ações de “guerilha” cultural, em que tomam o espaço público e tocam músicas que criticam o governo de Putin. Como é uma organização anônima, qualquer pessoa pode participar. Em janeiro de 2012, a banda ganhou a atenção da mídia ao realizar um show na Praça Vermelha, em frente ao Kremlin. Um mês depois, cinco mulheres do grupo entraram na principal igreja de Moscou e tocaram uma música em que pediam ajuda a Virgem Maria para expulsar Putin do poder. Nas vésperas das eleições que reelegeram Vladimir Putin como primeiro ministro (e que também foram acusadas de fraude), três integrantes foram presas, acusadas de vandalismo por participarem da ação na igreja, e podem receber pena de até sete anos. A Anistia Internacional pediu a liberação imediata das mulheres, que de acordo com a organização, estão sendo julgadas pelo conteúdo de sua mensagem, o que viola a liberdade de expressão. A prisão das três abriu uma discussão sobre a interferência da Igreja Ortodoxa na política da Rússia, que, oficialmente, é um Estado laico. Além disso, a banda ganhou o apoio de diversas mulheres pelo mundo, que realizaram ações solidárias pela liberdade das integrantes. Se alguém tiver mais interesse, pode ver notícias, vídeos, etc., no site http://www.freepussyriot.org/“