Há 30 anos, no dia 2 de abril de 1982, os argentinos invadiram as ilhas Malvinas ou Falklands para os ingleses. Esta ação foi a mais trágica na centenária disputa pela região. A guerra provocou o nacionalismo de ambos os países e, no caso argentino, após um período de entusiasmo, (100 mil pessoas saíram às ruas em Bueno Aires para apoiar o ato da ditadura militar) a derrota trouxe a realidade de volta à Argentina. O povo saiu às ruas gritando “Galtieri, borracho/mataste a los muchachos“. Do outro lado do Atlântico, o nacionalismo e a vitória garantiu a Margaret Thatcher a reeleição ao cargo de premiê britânico.
Passados 30 anos, os Kelpers (habitantes das ilhas) seguem sua vida e o modo britânico de ver a vida. A Argentina, esquecendo-se das lições da História, volta a reivindicar a posse das Malvinas com um populismo diplomático, por meio da presidenta Cristina Kirchner. Os ingleses, via declaração do premiê britânico, David Cameron, afirmaram que a Guerra das Malvinas foi um “ato de agressão” e que a ditadura argentina tentou “roubar a liberdade dos habitantes das ilhas”. Trinta anos depois, a História deste conflito vai aos poucos sendo revelada. Como o plano argentino de afundar navios ingleses na base de Gibraltar ou a preocupação brasileira (governo general Figueiredo) com uma aproximação soviética argentina e com uma possível ação militar britânica além das ilhas, ou seja, em continente sul americano. Como eu sempre digo, “a História é um prato que se saboreia frio”.
Para saber mais: http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-da-globo/v/guerra-das-malvinas-completa-30-anos/1886149/
Roberto Nasser