Músicos, artistas plásticos, intelectuais, boêmios. A Vila Madalena é um conhecido pólo cultural da cidade de São Paulo. Para entender melhor de que forma a arte interliga a comunidade os alunos do Idade Mídia foram até a Vila Madalena para uma “trilha artística”.
O “tour” começou pelo atelier de Sérgio Fabris, autor de uma série de quadros, muitos deles em coleções internacionais, que tem São Paulo como sua maior inspiração. “Adorei as colagens e as obras tridimensionais que nós vimos por lá, tudo muito original”, contou a aluna Maria Alice Gregory.
Depois, o grupo seguiu para o acervo da Galeria Choque Cultural (que é um espaço pouco conhecido, bem maior que a galeria em si), que expõe trabalhos de artistas do mundo inteiro e está voltada ao público jovem. “Eu gostei especialmente da Choque Cultural por conta dos trabalhos de arte contemporânea e pop art”, disse a estudante e desenhista Fabíola Kim. A galeria hoje é conhecida internacionalmente no circuito das artes plásticas.
Na redação do site Catraca Livre, os estudantes puderam ver de que forma a comunicação reforça os laços que a arte e cultura promovem dentro de uma comunidade. O portal nasceu voltado a eventos que aconteciam na Vila Madalena e hoje abrange toda a capital paulista e região metropolitana, divulgando programas culturais de baixo custo em São Paulo. Muitos alunos acessam frequentemente o site, e ficaram ainda mais interessados com o convite feito pela editora Erika Vieira . “Quem
quiser passar um dia com a gente na redação, vai ser muito bem-vindo”, sugeriu.
Seguindo pela Rua Gonçalo Afonso, a turma conheceu o “Beco do Batman”, um cartão postal da Vila Madalena, famoso por seus muros grafitados e por tornar-se uma galeria a céu aberto.
O ponto final da visita foi a inusitada galeria Alma do Mar, que traz o mar para a Rua Harmonia com seus objetos de decoração e obras de “surf art”. Montada pelo surfista Tito Bertolucci, a Alma do Mar é única na America Latina, inspirada em muitas californianas.
“Indo de um local para outro, a gente viu as paredes grafitas, os muros recuperados pelo projeto Aprendiz, é uma coisa muito presente mesmo”, concluiu Maria Alice.
“Ao flanar por São Paulo é possível entender os laços de identidade cultural que permitem tanta diversidade de estilos num mesmo local. O escritor Edmund White achava isso com relação a Paris, ele que conceituou o verbo; mas é possível flanar por aqui também ”, acredita o professor do Idade Mídia, o Alexandre Sayad.