A mais tradicional e conhecida exposição de arte do mundo está acontecendo entre os dias 04 de junho e 27 de novembro. E quem esteve em Veneza para acompanhar 54ª edição da Bienal foi o professor de Biologia e História da Arte do Band, João E. Regis Lima – enviado pelo Colégio.
O evento acontece desde o século XIX e já foi visitado por 150 mil pessoas nos últimos três meses. Dividida em dois grandes espaços, Giardini e Arsenal, a exposição prestou uma homenagem ao pintor maneirista Tintoretto, escolha muito elogiada por Regis. “O Tintoretto era veneziano e a atitude dos maneiristas tem muito a ver com essa intenção transgressora da arte contemporânea.” O professor teve a oportunidade de ver ao vivo obras do artista como O roubo do corpo de São Marcos, Criação dos animais e A Última Ceia.
Nos Giardini localizam-se os pavilhões nacionais, uma marca da Bienal de Veneza. Artistas expõem suas obras em grandes casarões, exclusivos para cada país. Muitos criticam essa área de exposição por sua rigidez formal, que limita as possibilidades criativas. Regis conta que essas polêmicas são vistas de outra forma por quem participa da exposição. “Em um dia marcado, por exemplo, os visitantes podem fazer intervenções – grafites, inscrições nas paredes – e alguns deles autorizam que suas próprias obras recebam tais intervenções. É algo muito interessante de se presenciar”, contou .
Participar das Bienais, muitas vezes é a única forma de conhecer novos artistas, como a ucraniana Oksana Mas, cujo trabalho com ovos de madeira pintados que, juntos, formam grandes painéis, impressionou muito o Regis. “Cada obra e cada artista rende uma infinidade de interpretações e novas formas de apreciar a arte. Poderia dar uma aula inteira baseada em uma só composição”, conta o professor cheio de ideias, que irá promover um encontro com os pais no mês de outubro para dividir as experiências da Bienal de Veneza.