Por Fabíola Kim
Escola da Vila e Sanfra se enfrentaram no domingo dia 21, numa emocionante partida de handebol, categoria pré-mirim. Os horários dos jogos continuaram sendo um pouco prejudicados pela chuva que inviabilizava duas quadras abertas, no entanto ela uniu todo o fervor no ginásio; vários pais de ambas as escolas estavam presentes, alguns sentados, outros espichando o pescoço para ver o jogo entre a multidão.
Enquanto a partida anterior não acabava, os jogadores da Vila e do Sanfra estavam se aquecendo no pátio ou em frente às salas de aula, mesmo na chuva. O técnico Ricardo, do Sanfra, foi visto com duas grandes bolsas esportivas sobre os ombros junto à sua equipe, que conversava animadamente. Na entrevista, Ricardo disse que esperava um jogo bom e disputado, já que a Vila era um adversário forte. Perguntando se havia um histórico de enfrentamento entre as duas escolas, o técnico do Sanfra respondeu que poucos encontros ocorreram até então, e portanto havia pouca rivalidade. O time da Vila, segundo ele, tinha tradição de handebol, com boas performances em torneios entre outras escolas. A equipe do Sanfra naquele dia contava com duas ausências, que foram justificadas pelo mau tempo. Indagando sobre essas faltas à própria equipe, os demais jogadores responderam que a atuação deles no jogo não seria seriamente afetada.
Aproximadamente 15 minutos antes do início do jogo, Marcos, pai de Pedro, um dos jogadores da Escola da Vila foi entrevistado na movimentada porta de entrada do ginásio. Sua expectativa era de que o seu filho valorizasse a oportunidade de estar participando de um torneio como o Interband, mais do que ganhar o jogo em si. Marcos sempre acompanha seu filho, que joga handebol há 8 anos- um histórico impressionante, contando que ele joga na categoria pré-mirim. Já dentro do ginásio, Pedro foi encontrado agachado entre os colegas, e ao ser perguntado sobre suas expectativas para com o Sanfra, ele respondeu que estava tranquilo, mas que esperava um jogo disputado. É a primeira vez que a equipe do pré-mirim participava do Interband. Ao lado de Pedro, alguns meninos estavam se trocando apressadamente, a poucos minutos antes do início do jogo; a razão do atraso era o trânsito gerado pela chuva e pela maratona de domingo.
O jogo começou com intensa movimentação desde os primeiros minutos. O ataque do colégio Sanfra era bastante forte e bem planejado, perfurando a defesa da Vila. Vários lançamentos de bola acertaram o gol, mas muitos também foram perfeitamente defendidos pelo goleiro da Vila, que com uma excelente defesa dos primeiros ataques, foi elogiado pela arquibancada dos pais. O primeiro tempo foi caracterizado por uma sequência de gols, prendendo a atenção de todos presentes. A euforia das torcidas era contagiante, e os pais narravam o jogo com muita perspicácia. A partir do segundo tempo, o cansaço era visível entre os jogadores, principalmente nos da Escola da Vila. O placar, definitivamente favorável para o Sanfra, impelia um pai torcedor da Vila a gritar “Dá combate!”. Respondendo a esse grito ou não, a equipe da Vila passou a jogar com mais entusiasmo, e o auge do jogo foi quando o n.o 05, da Escola da Vila, marcou um belo gol, mas imediatamente saiu ferido, um acidente com o aparelho.
O jogo encerrou com o placar de 16 a 5 para o Sanfra. Sobre a derrota, Heitor, técnico da Escola da Vila, respondeu que a escola adversária era bastante forte, e que o time tinha muito o que melhorar, principalmente a defesa, mas lembrava os jogadores que estão “começando agora”. No geral, foi uma disputa emocionante, sem discrepâncias no que se refere, pelo menos, ao espírito esportivo. Quanto aos resultados, parabéns Sanfra!