No início, ele era uma forma de protesto condenada socialmente e associada à marginalidade. Aos poucos, foi sendo compreendido e reconhecido como uma legítima expressão artística. O grafite, que se disseminou pelas grandes cidades do mundo no início dos anos 1970, ganha em 2010 uma exposição própria de alcance mundial.
É a 1ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art, realizada no Museu de Escultura Brasileira – MuBE. O Bandeirantes, como parte do Projeto Artes Visuais, levou alunos de todas as séries do Ensino Fundamental para que conhecessem as obras da mostra e entendessem melhor a filosofia do grafite, na última semana de setembro. A Bienal reúne obras de grafiteiros de renome do Brasil e do Exterior. Alguns dos principais artistas que expõem suas obras são os paulistas Osgemeos e André “Pato” Monteiro e o argentino Franco “JAZ” Fasoli.
Além da exposição de obras, também ocorre o “Ciclo de Cinema sobre o Graffiti”, exibição de filmes que retratam diversos pontos de vista sobre a história do grafite e responsáveis por influenciar vários artistas contemporâneos. Há também paineis fotográficos com exemplos da manifestação grafite pelo mundo e fóruns de discussão sobre o impacto social da modalidade. Os alunos do Bandeirantes encantaram-se com a redescoberta de uma forma artística relacionada à música, ao protesto e à juventude, e puderam compreender a diferença entre o grafite e a pichação, sendo esta uma maneira de vandalismo urbano.
Projeto Artes Visuais, coordenado pelo Departamento Cultural, tem como objetivo levar alunos do Ensino Fundamental para ver algumas das melhores exposições que acontecem pela cidade de São Paulo, todas gratuitas. Alunos de cada série podem ir a museus como o MAM, o Museu da Língua Portuguesa, o Catavento Cultural e o próprio MuBE uma vez por semestre.
Em seu primeiro passeio, os alunos do 6.o ano foram acompanhado pelos pais. No caso da Bienal de Graffiti, o Bandeirantes não apenas levou os estudantes como também patrocinou a mostra.
Os alunos voltaram da exposição muito contentes. “Achei a mostra muito interessante! As obras eram muito diferentes entre si. Algumas retratavam a realidade e outras, a fantasia. Gostei de um trabalho que reunia um fundo desenhado e bonecas suspensas”, refletiu Katharina Giglio, aluna do 7º ano. Arthur Colucci, da mesma série, também opinou sobre o passeio. “As pinturas foram feitas com muita criatividade. Gostei dos murais e das críticas presentes em cada um deles. Valeu a pena conhecer!”, completou.
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