O hino feito para homenagear Brasília, quando de sua criação, afirmava que a cidade era a capital da esperança. O Jornal da USP à respeito dos 50 anos de Brasília diz “À parte as conotações místicas associadas ao surgimento de Brasília – como o famoso sonho do santo italiano Dom Bosco, no século 19, que fala numa “terra prometida” construída entre os paralelos 15º e 20º, ou as supostas coincidências biográficas que fazem alguns autores garantir que Juscelino Kubitschek era a reencarnação do faraó egípcio Akhenaton e que a cidade seria uma espécie de nova Tebas –, a capital que acaba de comemorar seu cinquentenário cumpriu algumas das principais “missões” para as quais foi criada. Uma delas era integrar as Regiões Centro-Oeste e Norte, especialmente a Amazônia, ao restante do País.
Ao mesmo tempo, porém, a capital incorporou os contrastes, as desigualdades e as realidades típicas da sociedade brasileira. “De certa forma Brasília começou com a ideia utópica de ser o mais diferente possível do Brasil, mas aos poucos foi se abrasileirando, para o bem e para o mal”, aponta o geógrafo Hervé Théry, da Cátedra Pierre Monbeig da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP”. Brasília 50 anos, ainda capital da esperança?
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