Muitas lições que aprendemos na vida jamais as esquecemos, mesmo com o passar de muito tempo.
Outras informações porém, são esquecidas em pouco tempo.
Como funciona o “mecanismo” do aprendizado?
Quando temos que assimilar muita informação em um curto período de tempo, muitos dados acabam se perdendo pelo meio do caminho.
“As informações visuais são transmitidas ao córtex occipital e percorrem um longo caminho até chegar ao lobo temporal”, explica o neurologista Ibsen Tadeo Damiani, professor da Santa Casa de São Paulo e secretário da divisão de neurologia da Associação Paulista de Medicina (APM).
No processo, há uma alteração na taxa de disparos químicos entre os neurônios, as células que fazem a comunicação de dados no cérebro. Essa é a memória de curto prazo, que você usa rapidamente e esquece em seguida.
Isto significa que para lembrar um dado duas semanas depois de tê-lo captado na mente, é preciso convertê-lo em memória de longo prazo. Esse trabalho fica a cargo do hipocampo, segundo o médico. “Depois que os dados são integrados aos circuitos do cérebro, o hipocampo descansa e quem trabalha é lobo frontal, estrutura responsável pelo processo de recordação. É ele que traz à tona todas as informações que foram devidamente estocadas”.
Em termos práticos, para conseguir armazenar uma avalanche de informações, é necessário ter motivação e interesse na hora do estudo.
Quando se utiliza mais que um dos sentidos no aprendizado além da audição os estímulos são muito mais intensos e as informações ficam retidas por muito mais tempo. É por essa razão que nos laboratórios do Colégio Bandeirantes os alunos realizam aulas práticas utilizando uma abundância de materiais e recursos tecnológicos que os permitem observar, identificar um problema, levantar hipóteses e realizar experimentos, para testar as hipóteses levantadas. Este estímulo realiza muito no sentido de motivar o interesse do aluno, processo fundamental para o aprendizado de “longo prazo”, ou seja aprender para não esquecer.