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19/02/2010

Aprender para não esquecer

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Aprender para não esquecer

Publicado em 19/02/2010 15:10

Muitas lições que aprendemos na vida jamais as esquecemos, mesmo com o passar de muito tempo.

Outras informações porém, são esquecidas em pouco tempo.

Como funciona o “mecanismo” do aprendizado?

Quando temos que assimilar muita informação em um curto período de tempo, muitos dados acabam se perdendo pelo meio do caminho.

“As informações visuais são transmitidas ao córtex occipital e percorrem um longo caminho até chegar ao lobo temporal”, explica o neurologista Ibsen Tadeo Damiani, professor da Santa Casa de São Paulo e secretário da divisão de neurologia da Associação Paulista de Medicina (APM).

No processo, há uma alteração na taxa de disparos químicos entre os neurônios, as células que fazem a comunicação de dados no cérebro. Essa é a memória de curto prazo, que você usa rapidamente e esquece em seguida.

Isto significa que para lembrar um dado duas semanas depois de tê-lo captado na mente, é preciso convertê-lo em memória de longo prazo. Esse trabalho fica a cargo do hipocampo, segundo o médico. “Depois que os dados são integrados aos circuitos do cérebro, o hipocampo descansa e quem trabalha é lobo frontal, estrutura responsável pelo processo de recordação. É ele que traz à tona todas as informações que foram devidamente estocadas”.

hipocampo

Em termos práticos, para conseguir armazenar uma avalanche de informações, é necessário ter motivação e interesse na hora do estudo.

Quando se utiliza mais que um dos sentidos no aprendizado além da audição os estímulos são muito mais intensos e as informações ficam retidas por muito mais tempo. É por essa razão que nos laboratórios do Colégio Bandeirantes os alunos realizam aulas práticas utilizando uma abundância de materiais e recursos tecnológicos que os permitem observar, identificar um problema, levantar hipóteses e realizar experimentos, para testar as hipóteses levantadas. Este estímulo realiza muito no sentido de motivar o interesse do aluno, processo fundamental para o aprendizado de “longo prazo”, ou seja aprender para não esquecer.

Aula prática de botânica

Alunos em aula prática de botânica

Alunos realizando testes para determinar as substâncias presentes nos alimentos

Alunos testando substâncias presentes nos alimentos

Alunos fazendo CT na planta Impatiens walleriana (beijinho)

Alunos realizando CT na planta Impatiens walleriana (beijinho)

Alunos em aula prática de eletroforese

Alunos em aula prática de eletroforese

Aluno aprendendo a manusear uma micropipeta

Aluno (dir.) aprendendo a manusear uma micropipeta

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